Viagem apostólica de Bento XVI á Polonia de 25 a 28 de Maio, nos passos de João Paulo
II
Bento XVI prepara-se para partir,dia 25, na sua segunda viagem fora da Itália como
Papa, com um destino muito significativo: a Polónia, terra natal do seu predecessor,
João Paulo II.
O Papa chegará ao Aeroporto de Cracóvia ás 11h00 desta quinta
feira, para uma viagem apostólica de fé e de memória de muitos acontecimentos históricos.
Como na primeira viagem apostólica de Karol Wojtyla, a 2 de Junho de 1979 e também
em 1991 e após as cerimónias de boas-vindas no aeroporto, Bento XVI atravessará o
centro da capital polaca no papamóvel, rumo à Catedral de S. João de Varsóvia, onde
encontrará o clero e pronunciará o seu segundo discurso. Durante a tarde, fará uma
visita de cortesia ao Presidente polaco.
Depois, participará numa celebração
ecuménica na igreja Luterana da Santíssima Trindade. Aqui também esteve João Paulo
II. Foi em Junho de 1991.
Nesta como em quase todas as viagens apostólicas,
as horas de descanso acontecem na Nunciatura Apostólica.
Na manhã de 26 de
Maio, Bento XVI celebrará eucaristia na Praça Pilsudski, ou Praça da Vitória, em Varsóvia.
Ainda durante o regime comunista, João Paulo presidira a uma celebração histórica
nesta Praça. Assim também aconteceu em 1999.
Durante a tarde, partirá de helicóptero
para Częstochowa para uma visita ao santuário mariano de Jasna Góra. Em 1979 e 20
anos depois, João Paulo II rezou diante da imagem da virgem negra, antes de se encontrar
com milhares de polacos na Praça diante do Santuário. Agora, será Bento XVI a dirigir
a sua palavra a religiosos, seminaristas e representantes de movimentos de vida consagrada.
Daqui,
Bento XVI irá para Cracóvia. Percorrerá de automóvel as ruas do centro da cidade onde
o Papa Woytila foi arcebispo durante 15 anos. Será acolhido na casa daquele foi secretário
do Papa polaco, Cardeal Stanislaw Dziwisz, actualmente Arcebispo de Cracóvia.
Desta
janela, púlpito improvisado para encontros ao serão do Papa João Paulo II com os fiéis
de Cracóvia em 1991 e 1999, também Bento XVI saudará os habitantes de Cracóvia, pela
primeira vez.
Na manhã de sábado, 27 de Maio, o Papa irá à cidade natal de
João Paulo II, Wadowice. Visitará a Basílica da Imaculada Conceição, antes de se dirigir
à casa onde nasceu o seu antecessor e que é agora casa-museu. Em Wadowice saudará
a população na praça Rynek.
A tarde é para visitar o Santuário de Nossa Senhora
de Kalwaria, para rezar na capela que foi destino de muitas peregrinações do Papa
Woytila.
Na periferia de Cracóvia, Bento XVI prestará veneração às relíquias
de santa Faustina Kovaslca, no velho santuário da Divina Misericórdia. Depois visitará
o novo santuário, consagrado por João Paulo II em Agosto de 2002, encontrando-se aí
com 800 doentes.
Durante a tarde, Bento XVI fará uma breve visita à Catedral
de Wadowice, para se fixar no encontro que manterá com os jovens no Parque Blonie.
Foi aqui que João Paulo II presidiu à primeira missa na Polónia, depois de eleito
Papa. A 10 de Junho de 1979, o Papa Wojtyła dirigiu-se aqui a quase 2 milhões de pessoas.
Imagens que se repetiram nas sucessivas viagens de João Paulo II à Polónia.
Será
também aqui que, no Domingo, 28 de Maio, Bento XVI presidirá à Eucaristia e fará a
sua mensagem na oração mariana do meio-dia.
Durante a tarde, antes de deixar
a Polónia, Bento XVI rezará no Campo de Auschwitz diante do muro da morte, como João
Paulo II em 1979. Saudará alguns ex-prisioneiros, e recordará as vítimas num outro
Campo de Concentração, de Birkenau.
O Papa alemão deixará Cracóvia rumo à Roma
pelo aeroporto de Balice. Aí saudará os polacos como fez João Paulo II, pela última
vez, a 19 de Agosto de 2002.
Acção de Graças
D. Piero Marini,
mestre das celebrações litúrgicas pontifícias, explica que esta variedade de celebrações
“coloca em evidência os vários aspectos e conteúdos da peregrinação”.
“O Papa,
seguindo as pegadas do seu predecessor, visita os lugares mais importantes para a
Igreja e o país, conferindo à visita um forte carácter de acção de graças. O Santo
Padre, com a sua presença, oferece ao povo polaco a sua bênção e o seu ensinamento:
trata-se de um apelo a reforçar a fé, tão fundamental para a vida cristã”.
O
mestre das celebrações litúrgicas do Papa diz que esta peregrinação “tem um acentuado
carácter internacional e ecuménico”. De facto, durante os quatro dias da peregrinação,
o Papa encontra-se, por duas vezes, com representantes de outras religiões.
“De
especial significado reveste-se a oração silenciosa do Papa em Auschwitz, diante do
muro das execuções e da cela da morte de S. Maximiliano Kolbe, e a oração no campo
de concentração de Birkenau”, acrescenta este responsável.
Em conclusão, D.
Piero Marini explica que “a viagem apostólica do Papa Bento XVI diz respeito a toda
a Igreja e é um convite para que a luz do Evangelho, que resplandece em Cristo ressuscitado,
continue a iluminar o caminho dos crentes e da humanidade”.