A Marcha Contra a Fome, que ontem decorreu em 365 cidades de cerca de 100 países,
incluindo Portugal, mobilizou dezenas de milhares de pessoas que contribuíram para
a educação e a alimentação de crianças africanas. Com a hora marcada para as 10:00
locais de cada país, a Marcha Contra a Fome começou em Auckland, na Nova Zelândia,
onde estiveram presentes cerca de 800 pessoas, e terminou em Apia, nas ilhas Samoa
do Pacífico.
Lisboa, Porto, Moscovo, Roma, Nova Deli, Islamabad, Amã e Nairobi
foram algumas das cidades que se mobilizaram na luta contra a fome para angariar cinco
milhões de euros, valor que dará para alimentar 180 mil crianças.
Na Praça
de S. Pedro, Bento XVI referiu-se à Marcha, assegurando que se unia em oração a esta
iniciativa das Nações Unidas. "Estou próximo, pela oração desta manifestação, que
se realiza em Roma e em cidades de mais de 100 países", disse na recitação do Regina
Caeli.
"Desejo vivamente, que graças ao contributo de todos, se possa superar
a praga de fome que ainda aflige a humanidade, pondo em sério risco a esperança de
vida de milhões de pessoas", afirmou Bento XVI.
A Marcha Contra a Fome
é uma iniciativa das Nações Unidas e visa não só angariar fundos como também sensibilizar
a opinião pública internacional para o problema. De acordo com a agência de ajuda
alimentar das Nações Unidas (PAM), cerca de 800 milhões de pessoas em todo mundo têm
carências alimentares, dos quais 300 milhões são crianças.
Para combater estes
números, organizaram-se em vários países iniciativas inéditas, como a marcha que decorreu
junto ao monte Kilimandjaro, norte da Tanzânia, onde um grupo de atletas que sábado
terminou uma subida ao maciço se juntou aos manifestantes.