PAPA RECEBE MEMBROS DA FUNDAÇÃO "CENTESIMUS ANNUN PRO PONTIFICE"
Cidade do Vaticano, 19 mai (RV) - Bento XVI recebeu em audiência, esta manhã,
os membros da fundação "Centesimus Annus pro Pontifice", capitaneados pelo Presidente
do organismo, o Conde Lorenzo Rossi di Montelera, e pelo Cardeal Attilio Nicora, Presidente
da Administração do Patrimônio da Santa Sé (APSA).
Trata-se de um organismo
criado em 1993, por João Paulo II, e tem por finalidade cooperar no estudo e na difusão
da Doutrina Social da Igreja, como foi exposta, de modo especial, na encíclica social
"Centesimus Annus", que João Paulo II publicou por ocasião do centenário da encíclica
"Rerum Novarum", de Leão XIII, sobre a condição dos operários.
A fundação promove
também a coleta de fundos para ajudar nas atividades da Santa Sé (daí o nome "pro
Pontifice") e favorece iniciativas para desenvolver a presença e a obra da Igreja
Católica nos vários campos da sociedade.
O discurso que o Papa dirigiu aos
membros da fundação teve como ponto de referência o simpósio que ela promoveu sobre
"Democracia, instituições e justiça social".
"São necessárias, em primeiro
lugar, instituições apropriadas, críveis e autorizadas, que não tenham como fim a
mera gestão do poder público, mas capazes de promover níveis articulados de participação
popular, no respeito às tradições de cada Nação, e com a preocupação constante de
conservar sua identidade. Igualmente urgente, é um esforço tenaz, duradouro e compartilhado,
para a promoção da justiça social" _ disse o Papa.
O Santo Padre lembrou ainda
que "a democracia só alcançará sua plena realização, quando cada cidadão e cada povo
puder ter acesso aos bens primários: vida, alimento, água, saúde, instrução, trabalho,
certeza dos direitos. E isso através de um sistema de relações internas e internacionais
que garanta a cada um, a possibilidade de participar desses bens".
O Papa concluiu
com uma exortação aos cristãos, a fim de que promovam uma solidariedade autêntica:
"Não poderá haver verdadeira justiça social senão numa ótica de genuína solidariedade,
que comprometa a viver e a agir sempre uns para os outros, e nunca uns contra ou em
detrimento dos outros. Como tornar concreto tudo isso, no contexto mundial de hoje,
é o grande desafio dos cristãos leigos." (PL)