2006-05-18 14:35:01

Somos responsáveis uns dos outros e da marcha do mundo: Bento XVI a cinco novos Embaixadores junto da Santa Sé, entre os quais o de Cabo Verde.


A promoção do bem comum dos outros, para além dos interesses imediatos de um só país ou grupo social, o respeito pela liberdade religiosa, a questão dos fortes fluxos de migrações que caracterizam o nosso mundo globalizado – estes alguns dos temas referidos por Bento XVI ao receber, nesta quinta de manhã, os novos Embaixadores de cinco países - Cabo Verde, Chade. Moldova, Índia e Austrália, para a apresentação das Cartas Credenciais.
O Papa fez questão de sublinhar o elevado sentido da actividade diplomática: “criar pontes entre os países, na perspectiva da instauração e da consolidação da paz e de relações mais fortes entre os povos, tanto no plano da solidariedade fraterna como dos intercâmbios económicos e culturais, para o bem-estar de todas as populações do planeta”. O que supõe, da parte das Autoridades – observou ainda o pontífice .- “uma vontade decidida, assim como largueza de vistas, para não reduzir as decisões a tomar às simples urgências do momento”.
Aliás não bastam as boas intenções, é fundamental comprometer-se concretamente, não olhando só aos interesses de uma parte, mas “visando o bem comum das populações do país e de toda a humanidade”. Por outro lado, "na era da mundialização, impõe-se que a gestão da vida política não seja guiada de maneira preponderante ou unicamente por considerações de ordem económica, pela busca de uma crescente rentabilidade, por una utilização inconsiderada dos recursos do planeta, em detrimento das populações, nomeadamente das mais desfavorecidas , correndo o risco de hipotecar o futuro do mundo”.
Quase a concluir a sua saudação aos cinco novos Embaixadores junto da Santa Sé, Bento XVI recordou que a fé assenta no respeito pela liberdade religiosa, “aspecto fundamental e primordial da liberdade de consciência das pessoas e da liberdade dos povos. É importante que, por toda a parte no mundo, cada pessoa possa aderir à religião que escolhe e praticá-la livremente e sem medo, pois ninguém pode assentar a sua existência apenas sobre a busca do bem-estar material”.








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