2006-05-15 16:45:39

APELO DO PAPA EM DEFESA DA FAMÍLIA FUNDADA NO MATRIMÔNIO


Cidade do Vaticano, 13 mai (RV) - É necessário defender "a família fundada no matrimônio" porque é "o pilar da sociedade, e isso interessa quer aos fiéis quer aos não-fiéis". Foi o que disse Bento XVI, encontrando-se, esta manhã, na Sala Clementina, no Vaticano, com os participantes da assembléia plenária do Pontifício Conselho para a Família, que celebra nestes dias, seus 25 anos de fundação.

O Pontifício Conselho para a Família foi instituído por João Paulo II, no dia 9 de maio de 1981.

Bento XVI falou das "uniões de fato que, embora rejeitem as obrigações do matrimônio, pretendem ter direitos equivalentes, e falou também das tentativas de "legalizar uniões homossexuais, atribuindo a elas também o direito de adotar filhos".

"A causa da família _ disse o Papa _ é uma realidade decisiva e insubstituível para o bem comum dos povos."

"A família fundada no matrimônio constitui um "patrimônio da humanidade", uma instituição social fundamental; é a célula vital e o pilar da sociedade, e isso interessa tanto aos fiéis quanto aos não-fiéis. Ela é realidade à qual todos os Estados devem máxima consideração porque, como gostava de repetir João Paulo II, o futuro da humanidade passa através da família."

Hoje _ acrescentou Bento XVI _ diante da difusão de "tais equívocas concepções sobre o homem, sobre a liberdade e sobre o amor humano jamais devemos nos cansar de reapresentar a verdade sobre a instituição familiar, assim como foi querida por Deus desde o início da criação".

"Tem crescido, infelizmente _ observou o Pontífice _ o número das separações e dos divórcios, que rompem a unidade familiar e criam não poucos problemas aos filhos, vítimas inocentes de tais situações. A estabilidade da família está hoje particularmente em risco; para salvaguardá-la é, muitas vezes, necessário ir contracorrente em relação à cultura dominante, e isso exige paciência, esforço, sacrifício e busca incessante de mútua compreensão."

O Papa convidou os cônjuges a "superarem as dificuldades e a se manterem fiéis à sua vocação, recorrendo à ajuda de Deus com a oração e participando assiduamente dos sacramentos, em particular, da Eucaristia".

A seguir, o Santo Padre reiterou "o respeito que se deve garantir ao embrião humano, que deveria sempre nascer de um ato de amor e ser já tratado como pessoa."

"Os progressos da ciência e da técnica no âmbito da bioética _ ressaltou _ se transformam em ameaças, quando o homem perde o sentido de seus limites e, em prática, pretende substituir-se a Deus Criador."

"A encíclica "Humanae vitae" reitera com clareza, que a procriação humana deve ser sempre fruto do ato conjugal, com o seu dúplice significado unitivo e procriativo. É o que exige a grandeza do amor conjugal."

Bento XVI falou do chamado "inverno demográfico" que atinge "vastas áreas do mundo", com o "conseqüente progressivo envelhecimento da população; as famílias parecem, por vezes, assediadas pelo medo pela vida, pela paternidade e pela maternidade. É necessário dar nova confiança às famílias _ disse o Papa _ a fim de que possam continuar a realizar sua nobre missão de procriar no amor".

Na conclusão de seu discurso ao Pontifício Conselho para a Família, Bento XVI convidou "todas as comunidades diocesanas a participarem, com uma delegação, do V Encontro Mundial das Famílias", que se realizará em julho próximo, em Valença, Espanha. O Papa participará deste encontro, nos dias 8 e 9, como confirmou esta manhã, o porta-voz da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls. (RL)







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