Moscou, 12 mai (RV) - Para os ortodoxos russos, hoje é um grande dia: a Igreja
Ortodoxa russa no exílio, criada depois da revolução bolchevista de 1917, decidiu
reconhecer o Patriarca de Moscou como seu líder espiritual. A decisão marca o fim
de um cisma existente desde a revolução comunista.
No Patriarcado de Moscou,
naturalmente, este passo foi recebido com grande satisfação: "A reunificação _ declarou
um porta-voz, o Arcipreste Nikolai Balashov _ tem um valor espiritual excepcional
para nós."
Reunidos em San Francisco (EUA), 135 delegados da Igreja Ortodoxa
russa no exílio (de cerca de meio milhão de fiéis), optaram pela unidade espiritual
com o Patriarcado de Moscou, mas permanecem administrativamente independentes.
Embora
a União Soviética tenha se dissolvido em 1991, foram precisos 15 anos para que esse
gesto histórico acontecesse, porque uma parte dos ortodoxos no exterior continuava
cético sobre a infiltração de agentes secretos do KGB no âmbito da Igreja.
Todavia,
para efetivar a unificação, devem ser resolvidas muitas questões ainda abertas. (CM)