SUCESSÃO APOSTÓLICA FOI TEMA DA AUDIÊNCIA GERAL DE HOJE
Cidade do Vaticano, 10 mai (RV) - A Igreja, que teve seu início por vontade
de Jesus, prossegue em seu caminho na história, graças à sucessão apostólica: esse
foi o tema da catequese do Papa, na Audiência Geral desta quarta-feira, na Praça São
Pedro.
Presentes na monumental praça, milhares de fiéis e peregrinos, entre
os quais uma centena de sacerdotes provenientes do Vietnã, acompanhados pelo Arcebispo
de Ho Chi Min City, o Cardeal Jean-Baptiste Phan Minh Mân.
Os cristãos de hoje
têm a prova histórica e a garantia espiritual de que aquilo que foi transmitido por
Jesus aos apóstolos é aquilo que chegou integralmente aos nossos dias. Essa prova
e essa garantia vêm daquela "concatenação" dos Papas e bispos, que há mais de dois
mil anos perseveraram no anúncio da Palavra e na tradição: uma cadeia "não anônima
ou mitológica" que é chamada de "sucessão apostólica".
Bento XVI explicou a
sucessão apostólica a partir do significado grego da palavra "bispo" _ epìscopos _
palavras que significa "uma pessoa que tem uma visão do alto, uma pessoa que olha
e vê com o coração". O próprio São Pedro, em sua primeira carta, chama o Senhor Jesus:
"Pastor e Bispo, guardião de vossas almas"."
É com a segunda geração dos apóstolos,
formada diretamente pelos 12 primeiros, que o ministério deles assume, de modo estável,
o nome de "episcopado". E a figura do bispo começa a delinear-se _ explicou o Papa
_ na multiplicidade "de experiências e de formas carismáticas" presentes na primeira
comunidade cristã.
"Desse modo, a sucessão na função episcopal se apresenta
como garantia da perseverança na tradição apostólica. A ligação entre Colégio dos
Bispos e a comunidade dos apóstolos é entendida, sobretudo, na linha da continuidade
histórica. Nessa continuidade da sucessão está a garantia do perseverar _ na comunidade
eclesial presente _ do Colégio Apostólico reunido por Cristo em torno a Si. Mas a
continuidade é entendida também em sentido espiritual, porque a sucessão apostólica
no ministério é considerada como lugar privilegiado da ação e da transmissão do Espírito
Santo" _ disse o Papa.
Nessa transmissão de Palavra e de tradição se sobressai
a Igreja de Roma. Ela _ afirmou o Santo Padre _ "se torna o sinal, o critério e a
garantia da transmissão ininterrupta da fé apostólica". Uma "ordem" e uma "sucessão"
_ prosseguiu o Pontífice citando um Bispo do século II, Irineu de Lyon _ que valem
como a "prova mais completa de que una e sempre a mesma é a fé vivificante dos apóstolos,
que foi conservada e transmitida na verdade".
"Mediante a sucessão apostólica
é então Cristo que nos alcança: na palavra dos apóstolos e de seus sucessores é Ele
quem nos fala. Mediante suas mãos, é Ele quem age nos sacramentos. Em seu olhar, é
o olhar de Cristo que nos envolve e nos faz sentir amados, acolhidos no coração de
Deus. E também hoje, o próprio Cristo é o verdadeiro Pastor e Guardião de nossas almas,
e O seguimos com grande confiança, gratidão e alegria." (RL)