REPERCUTE NA IGREJA, DENÚNCIA DE COMÉRCIO SEXUAL NOS CAMPOS DE REFUGIADOS DA LIBÉRIA
Cidade do Vaticano, 09 mai (RV) - O Secretário do Pontifício Conselho da Pastoral
para os Migrantes e os Itinerantes, Arcebispo Agostino Marchetto, foi um dos primeiros
a assinalar, já nos meses passados, os riscos do comércio de "sexo por alimento" nos
campos de refugiados.
Agora, isso foi confirmado pela denúncia da ONG que defende
os direitos das crianças _ "Save the children" _ de que crianças e jovens estão sendo
explorados sexualmente, em troca de alimentos nos campos de refugiados da Libéria.
Para
o Arcebispo "a fragilidade dessas pessoas que vivem em condições de pobreza extrema,
lembra a responsabilidades que temos todos, de evitar que tais situações cheguem a
esses campos".
"A distribuição de ajuda e recursos _ acrescentou _ são previstas
nas legislações internacionais. Porém, a assistência está diminuindo e a generosidade
da parte dos Estados e dos governos é cada vez menor."
Frente à denúncia da
"Save the children", a Igreja Católica lança agora um apelo contra "os grandes cortes
na distribuição de alimentos". Segundo Dom Marchetto, "ainda que as denúncias se refiram
aos campos da Libéria, os seres humanos são iguais em todo o mudo; não se pode excluir
a possibilidade de que esse tipo de comércio se repita em outros lugares com a mesma
situação de miséria" _ conclui ele. (ED)