Os Bispos e responsáveis nacionais pelos serviços de catequese da Igreja Católica
na Europa estão reunidos até amanhã em Roma, para debater o tema “Iniciação Cristã
como processo para tornar-se cristão”. A iniciativa é promovida pelo Conselho das
Conferências Episcopais Europeias (CCEE) e procura reflectir sobre os elementos presentes
no processo de adesão ao Cristianismo e a Iniciação cristã em adultos, adolescentes,
crianças e bebés será feita a partir de conferências e momentos de debate, em grupos
linguísticos.
O caso português foi apresentado mostrando o diagnóstico dos
últimos 30 anos. O trabalho que tem sido feito no âmbito da iniciação cristã “precisa
de tempo para que se vejam os resultados”, refere o Pe. José Cardoso.
Este
responsável do Secretariado Nacional da Educação Cristã explicou, que há dificuldades
em conjugar a “profundidade” do caminho de iniciação ao Cristianismo com a “pressa”
da sociedade de hoje. Para o futuro, deseja uma catequese “mais inserida na Liturgia
e na comunidade”.
Em Portugal, mais de 5 mil crianças são baptizadas após o
início da sua caminhada na catequese, todos os anos. Na sua última assembleia plenária,
a Conferência Episcopal Portuguesa convidou as comunidades cristãs a desenvolver formas
autênticas e actuais de iniciação cristã e a prestar particular cuidado à oferta de
formas de aprofundamento da fé aos já baptizados.
Num momento em que o número
de Baptismos praticamente estagnou na Europa e o processo de secularização traz dificuldades
acrescidas, em especial ao mundo francófono, chegam de Roma lamentos de que “muitos
adultos baptizados não sabem para que serviu o seu Baptismo”.
O Pe. Clemens
Armbruster, da Alemanha, apresentou o projecto “Weg” (caminho), relativo a percursos
de fé adulta, através das quais as paróquias procuram oferecer novas experiências
de Deus.