Dois milhões de bebés morrem no 1º dia de vida em país do terceiro mundo: a maioria
destas mortes poderia ser evitada
Dois milhões de bebés morrem anualmente no próprio dia de nascimento nos países em
vias de desenvolvimento, segundo um estudo divulgado em Londres pela organização
de beneficência Save the Children. Um quinto dos dez milhões de crianças que todos
os anos morrem sem sequer atingir os cinco anos de vida não vive mais de 24 horas,
enquanto um milhão de bebés resiste apenas a primeira semana e quatro milhões não
consegue ultrapassar um mês de existência, indica o estudo. Estes números poderiam
ser reduzidos em 70 por cento através de meios simples e pouco custosos, como a vacinação
das mulheres contra o tétano e a presença de parteiras no acto de nascimento, considera
ainda a Save the Children. O Relatório de 2006 sobre a Situação das Mães no Mundo
acrescenta que pode-ria ser evitada a maioria dos casos de mortes de recém-nascidos,
provocados por infecções, complicações pós-parto e problemas de peso. Classificando
esta situação como "um dos problemas de saúde mais negligenciados em todo o mundo",
a Save the Children afirma que a probabilidade de sobrevivência dos bebés nos países
em via de desenvolvimento é tão baixa que os pais evitam dar um nome aos seus filhos
antes de eles atingirem uma semana ou três meses de vida. O documento defende a
vacinação anti-tétano, um tratamento rápido das infecções, a educação em matéria de
higiene e o apoio pós-parto como formas simples de evitar a morte dos recém-nascidos
no Terceiro Mundo.