IGREJA PROMETE MAIS ATENÇÃO AO PROBLEMA DA DESNUTRIÇÃO INFANTIL NA ÍNDIA
Nova Délhi, 06 mai (RV) - O governo indiano, as associações não-governamentais
e as comunidades religiosas na Índia devem fazer mais, para melhorar as condições
da infância no país: é o que afirmam líderes civis e religiosos, representantes de
ONGs e intelectuais, após a publicação do relatório do UNICEF (Fundo das Nações Unidas
para a Infância) sobre a nutrição infantil no mundo.
Segundo o relatório, apesar
do crescimento econômico e do rápido desenvolvimento tecnológico, as condições das
crianças indianas são piores do que na África Subsaariana: mais de 57 milhões de crianças
indianas (47% das quais com menos de 5 anos) são desnutridas. Proporcionalmente, é
o país com o maior número de crianças desnutridas do mundo.
O relatório do
UNICEF observa que nos países do sul da Ásia, de 146 milhões de crianças, 27% sofre
de fome e sobrevive com dificuldade. As condições da infância são difíceis na Índia,
Paquistão e Bangladesh. As razões são a escassa qualidade dos alimentos, pobres em
substancias nutritivas, o baixo status social das mulheres, a carência de higiene
e de instrução, a pobreza, especialmente nas famílias que vivem nas áreas rurais e
nas periferias urbanas.
O resultado de tal desnutrição é a alta mortalidade
infantil (10 crianças por minuto). Nos países desenvolvidos, em geral, afirma-se que
cerca de um quarto das crianças com menos de cinco anos são desnutridas.
Na
Índia, a Igreja Católica está muito engajada no campo dos serviços sociais e de instrução,
que beneficiam principalmente as crianças. Após a publicação do Relatório UNICEF,
diversos bispos e líderes católicos expressaram o desejo de reforçar esse empenho
e aumentar os esforços e a sensibilização para melhorar as condições da infância.
(ED)