2006-04-29 19:38:44

BENTO XVI À PONTIFÍCIA ACADEMIA DAS CIÊNCIAS SOCIAIS: FALTA DE AMOR É CAUSA PRIMORDIAL DA DIMINUIÇÃO DA NATALIDADE


Cidade do Vaticano, 28 abr (RV) - As crianças são "comumente as primeiras a sofrer as conseqüências" de um "eclipse de amor e esperança". Foi a advertência feita por Bento XVI que, numa mensagem à Pontifícia Academia das Ciências Sociais, se detém sobre os problemas que afligem a infância e sobre as causas do chamado fenômeno dos "berços vazios".

O documento do Papa é endereçado à Presidente da Pontifícia Academia das Ciências Sociais, Dra. Mary Ann Glendon, por ocasião da XII Assembléia Plenária do organismo, iniciada nesta sexta-feira, no Vaticano, com o tema "Juventude que desaparece? Solidariedade com as crianças e os jovens numa época turbulenta".

Muitas crianças _ adverte o Papa _ "crescem numa sociedade que esqueceu Deus e a dignidade inata de toda pessoa humana". Bento XVI afirma que diante dos processos de globalização, as crianças são, muitas vezes, "expostas

As crianças devem, sobretudo, receber amor, "a fim de que se dêem conta de que não se encontram na terra por acaso, mas graças a um dom, que é parte do plano do amor de Deus" _ argumentou Bento XVI.

Por isso, os pais e os educadores são chamados a escolher um projeto de vida que faça distinção "entre verdade e falsidade, entre bem e mal, entre justiça e injustiça".

Na mensagem, o Pontífice se detém também sobre o envelhecimento da população nas sociedades dos países industrializados: fenômeno acompanhado da falta de um número suficiente de jovens que renovem a população.

Bento XVI reconhece a existência de diversos e complexos motivos que estão na base dessa realidade, mas ressalta que "em última instância, as motivações são de natureza moral e espiritual". De fato, elas estão ligadas a um "déficit de fé, esperança e, obviamente, de amor".

O Papa exorta os membros da Pontifícia Academia das Ciências Sociais a assistirem "a Igreja em sua missão de dar testemunho de um autêntico humanismo", iluminado "pela luz do Evangelho".

A fé "vivida em plenitude de amor e comunicada às novas gerações" _ ressalta o Papa, "é um elemento essencial na construção de um futuro melhor que salvaguarda a solidariedade entre as gerações". (RL)







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