2006-04-28 19:16:34

CARDEAL MARTINI: EM CERTOS CASOS, PRESERVATIVO É MAL MENOR


Jerusalém, 21 abr (RV) – O Cardeal-arcebispo emérito de Milão, norte da Itália, que vive hoje retirado em Jerusalém, Carlo Maria Martini, defendeu, num artigo publicado nesta sexta-feira, pelo semanário italiano, "L'Espresso", o uso de preservativos por casais casados, como forma de prevenção do contágio pelo vírus da AIDS.

O Cardeal Martini afirma textualmente que o marido, quando contagiado pelo vírus HIV, tem a obrigação de proteger a parceira que, por sua vez, tem o direito de poder-se proteger. Em poucas palavras, "a castidade é a melhor solução, mas em último caso, o uso do profilático pode ser o "mal menor".

Dois meses atrás, o Cardeal-arcebispo de Malines-Bruxelas, Béligica, Godfried Danneels, explicava que "quando permite a proteção da vida, o preservativo não tem relevo apenas sexual". "Ao manter relações sexuais com um homem com AIDS _ disse ele _ a mulher deve poder impor o uso do preservativo. Caso contrário, se comete também o pecado de homicídio."

Mas os Cardeais Danneels e Martini não são os únicos a defender essa tese. Nessa linha, está também o Cardeal suíço George Cottier, teólogo da Casa Pontifícia durante o pontificado de João Paulo II, que também define o uso do preservativo em determinadas circunstâncias como um "mal menor". "Em circunstâncias especiais _ disse _ pode ser considerado legítimo usar o preservativo, para impedir o contágio, em áreas nas quais há muita droga ou promiscuidade associada à grande miséria, como em tantas regiões asiáticas ou africanas."

Para a Igreja católica, a castidade é a melhor maneira de combater a AIDS que, no último ano, foi responsável por 3 milhões de mortes em todo o mundo, em sua maioria na África Subsaariana. (CM)







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