2006-04-20 17:20:31

OPUS DEI QUER DECLARAÇÃO EM O CÓDIGO DA VINCI


Roma, 20 abr (RV) - O Opus Dei solicitou à Sony Pictures, a inclusão de uma declaração na abertura de "O Código Da Vinci" como forma de respeito para com a Igreja Católica.

Em carta aberta divulgada em seu site e dirigida aos acionistas e dirigentes da Sony, cujo objetivo o Opus Dei garante não ser uma polêmica, a prelazia pessoal solicita que o filme declare ser uma obra de ficção, e que qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

A maioria dos filmes, na verdade, já faz tal declaração em meio aos créditos finais, como forma de evitar processos de pessoas que alegam ser os personagens retratados na tela. No caso da adaptação cinematográfica do livro de Dan Brown, no entanto, grande parte do fascínio com o enredo se deve à declaração do autor de que organizações, monumentos e fatos são reais.

Segundo o Opus Dei, um leitor de "O Código Da Vinci", sem muito conhecimento de história, pode chegar a falsas conclusões e a sentir antipatia em relação à Igreja. A prelazia do Opus Dei discorda do modo como é retratada no livro, onde aparece como capaz de cometer assassinatos. Além disso, discorda também da alegação de que a Igreja apóia uma mentira. O livro afirma, de fato, que Jesus e Madalena foram casados e tiveram filhos.

O Opus Dei afirma que o correto não é oferecer à parte ofendida o direito de resposta, mas sim evitar a ofensa.

O site brasileiro do Opus Dei apresenta o mesmo argumento, além de uma série de textos em resposta ao enredo de "O Código Da Vinci". A prelazia reitera que não pretende organizar qualquer tipo de boicote ao filme ou iniciar polêmica, mas apenas estabelecer que o livro apresenta uma imagem distorcida da Igreja Católica.

O texto também convida as pessoas a manifestarem sua discordância de forma serena e construtiva, contribuindo para iniciativas educacionais promovidas por católicos.

A carta aberta diz ainda, que um dos valores intangíveis de corporações como a Sony é o respeito pelas crenças dos cidadãos, em especial nestes dias em que todos notaram as dolorosas conseqüências da intolerância _ uma alusão à reação dos islâmicos à publicação de charges sobre o profeta Maomé.

A estréia do longa-metragem terá lugar, mundialmente, no dia 19 de maio de 2006. (MZ)







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