China, Irão, Arábia Saudita e Estados Unidos,lideram a tabela das execuções capitais
em 2005
Pelo menos 2 148 pessoas foram executadas, em 2005, no Mundo, 94% das quais na China,
Irão, Arábia Saudita e EUA, revela a Amnistia Internacional (AI), advertindo que o
número real pode ser "muito mais elevado".
Apesar do número elevado, registou-se
uma "melhoria" em relação a 2004, ano em que se registaram 3797 execuções em todo
o Mundo, segundo os dados sobre a pena de morte divulgados pela organização de direitos
humanos com sede em Londres.
A AI adverte que o número de penas de morte aplicadas
em 2005 "é apenas a ponta do iceberg", uma vez que muitos países mantêm "um grande
secretismo" acerca do assunto. Isso impede que as organizações de direitos humanos
tenham uma informação precisa sobre o número de pessoas mortas nessas circunstâncias.
O país com maior número de penas de morte foi a China, com 1770, contra as
3400 apuradas em 2004. A AI calcula, contudo, que o número real de execuções no gigante
asiático, em 2005, poderá aproximar-se das 8 mil.
Além da China, outros 21
países aplicaram penas de morte em 2005, como o Irão e Arábia Saudita, onde se registaram
pelo menos 94 e 86 execuções, respectivamente, enquanto nos EUA foram executados 60
condenados, mais um do que no ano anterior.
Os restantes países onde se realizaram
execuções em 2005 foram o Bangladesh, Bielorrússia, Indonésia, Iraque, Japão, Jordânia,
Coreia do Norte, Kuwait, Líbia, Mongólia, Paquistão, Singapura, Somália, Taiwan, Uzbequistão,
Vietname e Iémen, além da Autoridade Nacional Palestiniana.
O número de condenados
à morte e que aguardam execução oscila entre as 19474 e as 24546. Esta pena foi abolida
em 2005 no México e na Libéria, sendo agora 122 os países que adoptaram essa medida.
Setenta
e quatro países continuam a prever a pena de morte para delitos comuns, como Cuba,
Guatemala e EUA.