Roma, 18 abr (RV) - A Ave-maria em chinês rompe o silêncio de Santo Eugênio,
a igreja do Opus Dei, em Roma. Ao altar, diante da grande imagem do santo fundador
_ Josemaría Escrivã de Balaguer _ o Bispo Dom Javier Echevarría Rodríguez batizou
a um catecúmeno excepcional: o embaixador de Taiwan junto à Santa Sé Chou-sent Tou,
que, nesta Páscoa, passou a fazer parte da família cristã, com o nome de Cristóvão
Josemaría.
Junto dele, estava a esposa, muito emocionada (católica como os
filhos) e como madrinha, a embaixadora das Filipinas. As orações foram feitas em latim,
mas as leituras e o Evangelho, em chinês.
Pe. Giovanni Chiu, Diretor da comunidade
chinesa em Roma, que seguiu de perto o caminho catecumenal do diplomata, agradeceu
a presença de todos os que estavam ali participando da celebração.
Nas primeiras
filas, estava Gustavo Selva, Presidente da Comissão para os Assuntos Estrangeiros
da Câmara, em meio a não poucos embaixadores. Ao final, entre os aplausos, foi distribuído
um santinho de recordação, para demonstrar como a fé cristã vai criando raízes no
Oriente.
O Bispo-prelado do Opus Dei, em sua homilia, pediu desculpas por não
poder dizer nada, nem mesmo uma palavra, na "bela língua chinesa". Falou de Cristo
ressuscitado e da alegria da fé. "Uma alegria que não depende de fatores externos,
e que ninguém nos pode tirar", nem mesmo "as perseguições ou as dificuldades materiais".
Em todo caso, acrescentou, "existe um inimigo que devemos mantê-lo sempre à distância,
o pecado. O pecado nos faz perder a amizade com Deus".
O embaixador recém-batizado,
se mostrou muito contente e comentou com os amigos que seus filhos, sabendo da decisão
de querer ser batizado, disseram: "Finalmente! Agora fazemos parte da mesma família."
Observadores
internacionais se perguntam se essa decisão do embaixador, de receber o Batismo cristão,
não acabará provocando a suscetibilidade de Pequim. (MZ)