GOVERNO DAS FILIPINAS COMUTARÁ 1.200 PENAS DE MORTE
Manila, 17 abr (RV) - A Presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo,
disse, em sua saudação de Páscoa à Nação, que comutará as sentenças de morte de 1.200
condenados, incluindo cerca de dez extremistas ligados à Al-Qaeda. A chefe de Estado
filipina disse que as sentenças de morte serão convertidas em prisão perpétua para
todos os condenados que aguardam no corredor da morte.
O Ministro da Justiça
informa que todas as futuras condenações à morte serão comutadas da mesma forma.
Pelo
menos 11 extremistas ligados ao grupo Abu Sayyaf _ uma pequena organização filiada
à Al-Qaeda e tida como responsável por atentados com explosivos e seqüestros _ aguardam
a execução. Não está claro o número exato de detentos que serão beneficiados pela
decisão do governo.
Pela Constituição, a Presidente tem o poder de comutar
as sentenças de morte já confirmadas pela Suprema Corte. O tribunal só confirmou,
até agora, 100 dessas condenações. As demais permanecem sob contestação jurídica,
segundo informou Maria Socorro Diokno, Secretária-geral do Grupo de Assistência Legal
Gratuita, que fornece advogados para detentos pobres. Nenhuma execução ocorreu nas
Filipinas neste século.
Maria Socorro Diokno pediu que a Presidente lutasse
para que o Congresso simplesmente anulasse a pena de morte no país, mas Gloria Macapagal
Arroyo não se comprometeu com a proposta. (MZ)