G-18 pede a Moçambique transparencia na gestão de fundos
O grupo dos 18 países, incluindo Portugal, que apoia directamente o Orçamento de Estado
moçambicano pediu “transparência” na gestão dos 250 milhões de euros doados para
actividades no país durante 2006. A presidente do grupo dos 18 países doadores (G-18)
e embaixadora da Holanda afirmou que os parceiros de Moçambique pretendem ver “resultados
concretos no apoio ao orçamento em termos quantitativos e qualitativos”, nomeadamente
na redução da pobreza.
Lidi Remmelzwaal esclareceu, a propósito, que os doadores
têm o dever de prestar contas nos seus países, apresentando dados que justifiquem
a pertinência do contínuo apoio a Moçambique. “É importante mostrar aos nossos parlamentos
que o apoio a Moçambique é pertinente e está a trazer resultados”, disse a embaixadora
holandesa, na reunião de revisão anual conjunta entre os doadores e o Governo moçambicano.
As duas partes apresentaram o documento que define as linhas de governação de Moçambique
para este ano.
O memorando critica o Governo de Moçambique por não ter cumprido
as metas na área de governação, considerando ainda “negativa” a prestação na reforma
do sector público. “Na área da governação, dos 13 indicadores planificados, quatro
foram atingidos, um foi parcialmente atingido e oito não foram atingidos”, segundo
o documento, assinalando ainda que “os objectivos de 2005 para a reforma do sector
público não foram atingidos”, nomeadamente no tocante à aprovação de uma política
salarial e à reestruturação dos ministérios seleccionados.