2006-04-07 12:23:38

O encontro do Papa com os jovens de Roma, em preparação do Dia Mundial da Juventude; Bento XVI fala do matrimonio como garantia de progresso, do desafio do secularismo,e convida a meditar sobre a Sagrada Escritura. No final,com uma delegação de jovens rezou junto do tumulo de João Paulo II.


O valor do matrimónio que nasce desde as origens do homem e permanece garantia de progresso, o desafio do secularismo que dilacera a sociedade, a recordação da própria vocação impulsionada pelo contraste da desumanidade do nazismo: são os temas tocados por Bento XVI durante o encontro da tarde desta quinta feira na Praça de São Pedro com os jovens de Roma e da região do Lácio, em preparação do Dia Mundial da Juventude que se celebra no Domingo de Ramos. Um encontro caracterizado pela recordação de João Paulo II, com a oração final junto do seu tumulo, e pelo comovente abraço do Papa com a mãe e as irmãs do Padre André Santoro, o sacerdote italiano assassinado em Fevereiro passado na Turquia.
Á sua chegada á Praça de S. Pedro Bento XVI foi saudado pelo card. Camilo Ruini, seu Vigário para a diocese de Roma, o qual salientou que os jovens esperam do Papa luz e força para o caminho da sua vida.
Particularmente tocante foi o testemunho de Madalena Santoro, irmãs do Padre André, o missionário assassinado por um fanático islâmico na sua paroquia de Trebisonda na Turquia. O perdão daqueles que o mataram- disse- e que brutou do coração da nossa mãe e do nosso, contribua para a unidade das confissões cristãs e para o crescimento do diálogo entre as varias religiões daquele Médio Oriente que o Padre André tanto amava. Depois, num clima de grande comoção, o abraço de Bento XVI, a Madalena, á mãe Maria a á irmã Imelda.
O momento central do encontro de ontem á tarde foi a série de perguntas dos jovens e de respostas do Papa.
Bento XVI recordou que dos sete sacramentos, o matrimónio é o primeiro a ser instituído por Deus no momento da criação do ser humano. Para além da actual cultura consumista que parece permitir tudo mas que na realidade esvazia o ser humano, todas as grandes civilizações da historia se orientaram para o desígnio original da monogamia e da fidelidade entre o homem e a mulher, na qual pode nascer a nova geração e existir também o progresso. Depois convidou os jovens a meditarem a Sagrada Escritura. Falou da sua vocação sacerdotal, nascida quando o regime nazi dizia que na nova Alemanha já não haveria padres nem vida consagrada. A brutalidade deste sistema, o seu rosto desumano - pelo contrário disseram-me que aquele era o caminho justo.
Além disso, o grande desafio do nosso tempo para Bento XVI é o secularismo, isto é uma maneira de viver, de apresentar o mundo, como se Deus não existisse – Com esta visão - salientou depois – dilacera-se a sociedade: cada um segue o seu projecto, e no fim todos estão uns contra os outros. Assim não podemos viver. Devemos tornar presente Deus nas nossas sociedades.
No final do encontro, levando em procissão a Cruz do Dia Mundial da Juventude que no próximo domingo será entregue pelos jovens de Colónia aos jovens australianos que preparam o encontro mundial de Sydney 2008 o Papa, com uma delegação de jovens, rapazes e raparigas desceu ás Grutas da Basílica de São Pedro para se deter em oração junto do túmulo de João Paulo II.
Nele queremos recordar um nosso chefe – disse aos jovens congregados na Praça de S. Pedro – e considerando o êxito do seu teor de vida, queremos empenhar-nos na imitação da sua fé. Peçamos ao Senhor que recompense o Papa João Paulo II pela sua grande obra de difusão do Evangelho no mundo.








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