Moscou, 03 abr (RV) - Em uma celebração eucarística de caráter ecumênico, com
a participação de representantes de diferentes confissões e religiões, sacerdotes
católicos de rito oriental e diplomatas de diversos países, a comunidade católica
russa uniu-se, na recordação de João Paulo II, no primeiro aniversário de sua morte.
A
Catedral de Moscou foi decorada com imagens da vida do falecido Pontífice e uma grande
fotografia cobria a fachada do edifício, no qual reinava um ambiente de grande carinho
entre as centenas de fiéis presentes.
"Deus mandou entre nós, o homem de que
nosso tempo precisava" _ disse o Arcebispo da Arquidiocese moscovita da "Mãe de Deus",
Dom Tadeusz Kondrusiewicz. "Seu carisma uniu cristãos e não-cristãos" e sob sua direção
"a Igreja tornou-se mais aberta para todos os cristãos, fiéis de outras religiões
e para todas as pessoas de bom coração" _ acrescentou. Visivelmente emocionado, Dom
Kondrusiewicz recordou a visita que fez a João Paulo II na Policlínica romana "Gemelli",
alguns antes de o Papa morrer.
Por sua vez, o colaborador do Departamento de
Relações Exteriores do Patriarcado de Moscou, Pe. Aleksander Vasyutin, disse que "com
João Paulo II surgiu uma nova era de colaboração entre ambas as Igrejas".
"Foi
um homem que mudou a situação do nosso mundo e aceitou as tradições do Oriente. Sua
recordação fica não só com os católicos da Rússia, mas com os cristãos de todo o mundo"
_ afirmou o representante da Igreja Ortodoxa.
O Presidente do Congresso de
Organizações e Grupos Religiosos Judaicos na Rússia, Rabino Zinobi Kogan, declarou
que João Paulo II "foi um grande líder espiritual do século XX, que salvou o diálogo
e o entendimento entre judeus e cristãos, e nos inspirou a trabalhar por um mundo
melhor". (CM)