Genebra, 29 mar (RV) - A Comissão das Mulheres na Igreja, da Conferência Episcopal
Suíça, foi suprimida, em sinal de protesto. Seis das sete mulheres que a constituíam,
confirmaram suas renúncias, por não se sentirem consideradas nem levadas a sério pelo
Episcopado.
A informação foi divulgada numa carta publicada pelo jornal de
Zurique, "Tages-Anzeiger".
Marie Madeleine Prongue Overnay, membro da Comissão
das Mulheres na Igreja e membro do Partido Popular Democrático, explicou que, em 17
anos de trabalho, não houve avanços no objetivo final da paridade entre os sexos dentro
da Igreja. E isso não apenas devido à posição do Vaticano _ argumentou _ mas também
pelo comportamento muito remissivo dos prelados suíços: "Os nossos bispos são simplesmente
pouco combativos" _ afirmou.
Na carta de renúncia enviada ao Episcopado helvécio,
as mulheres declararam que, "à luz da experiência dos últimos anos, estamos desiludidas".
Há
anos a Conferência não perguntava a opinião da Comissão das Mulheres sobre as questões
tratadas, e também não lhes confiava tarefas. Outra contestação é de que os temas
colocados em pauta por elas, não eram levados em conta pela Conferência Episcopal.
O pedido de acrescentar a teologia feminista no ensino universitário, por exemplo,
foi rejeitado, porque, segundo os bispos, as idéias dessa teologia já teriam sido
absorvidas. (ED)