2006-03-20 17:04:47

DEFENDER A VIDA E OS DIREITOS HUMANOS SEGUNDO JUSTIÇA E VERDADE: CONVITE DO PAPA AOS REPRESENTANTES DA SANTA SÉ


Cidade do Vaticano, 19 mar (RV) - A Santa Sé, com seus representantes, desempenha um papel "fundamental" no seio das organizações internacionais, na promoção da paz e da justiça, e na tutela da vida e dos direitos do homem, contra toda forma de arbítrio.

Foi o que afirmou Bento XVI, na audiência concedida esta manhã, aos representantes vaticanos junto a 16 organismos internacionais, nos quais a Santa Sé é hoje acreditada.

O encontro com o Papa concluiu uma reunião de dois dias, durante os quais os observadores vaticanos se confrontaram com os vértices da Secretaria de Estado e de alguns organismos pontifícios.

Em particular _ informa um comunicado _ foram discutidos temas tais como a colaboração da Santa Sé com as organizações católicas ou de inspiração católica, que atuam nas organizações intergovernamentais, e a evolução do conceito dos direitos humanos.

A voz da Santa Sé nos organismos internacionais se apresenta como uma voz da "consciência", acima das controvérsias diplomáticas ou das disputas territoriais porque interessa defender a paz e a vida dos homens da arrogância e dos abusos.

A voz da Santa Sé ressoa através de seus emissários oficiais nessas sedes _ da ONU, em Nova York ou Genebra, à Organização Mundial do Comércio ou do Turismo _ nas quais se orientam os destinos dos Estados.

Trata-se _ observou Bento XVI no início de seu pronunciamento _ de uma participação "incrementada" que, embora delicada e cansativa, fornece um "precioso estímulo para que ela possa continuar a dar voz à consciência daqueles que compõem a comunidade internacional."

Graças ao trabalho de seus observadores ou representantes permanentes _ ressaltou o Pontífice _ a Santa Sé contribui para o respeito aos direitos humanos e para o bem comum "e, portanto _ prosseguiu _ para a autêntica liberdade e justiça".

"Estamos na presença de um compromisso específico e insubstituível, que pode se tornar ainda mais eficaz, se se unirem as forças daqueles que colaboram com fiel dedicação, com a missão da Igreja no mundo" _ acrescentou o Santo Padre.

Bento XVI pediu aos representantes da Santa Sé, que usassem a "força aparentemente inerme, mas definitivamente prevalente da verdade" em defesa do homem, mesmo quando _ observou _ "a política dos Estados ou a maioria da opinião pública se mostrar contrária". "De fato _ ponderou Bento XVI _ a verdade encontra força em si mesma e não no número dos consensos que recebe."

"As relações entre os Estados e nos Estados são justas, na medida em que respeitam a verdade. Quando, ao invés, a verdade é ultrajada, a paz é ameaçada e o direito é comprometido, então, como conseqüência lógica, desencadeiam-se as injustiças. Elas são as fronteiras que dividem os países de modo muito mais profundo do que os confins traçados nas cartas geográficas e, comumente, não são somente fronteiras externas, mas também internas, nos Estados." (RL)







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