EPISCOPADO DA REPÚBLICA DE CAMARÕES EM VISITA "AD LIMINA"
Cidade do Vaticano, 13 mar (RV) - Bento XVI recebeu em audiência, esta manhã,
o primeiro grupo de bispos da Conferência Episcopal de Camarões, que hoje deram início
à sua qüinqüenal visita "ad Limina", que se concluirá no próximo dia 22.
No
ensejo dessa visita, conheçamos um pouco mais sobre a realidade eclesial desse pequeno
país africano.
Menor que o estado da Bahia, com 475.442 km quadrados, a República
de Camarões, que tem como capital Iaundê, tem 16 milhões de habitantes, 50% dos quais
de religião católica. Registra uma forte presença de Igrejas protestantes. As línguas
oficiais são o francês e o inglês, mas no país se falam numerosas línguas nacionais,
uma variedade que reflete os muitos grupos tribais camaroneses, diversos por costumes,
histórias e estilos de vida.
A situação sociopolítica de Camarões parece relativamente
mais tranqüila em relação a outros países africanos, mas não está imune dos males
que afligem muitas partes do continente. Dentre esses males, destacam-se a corrupção,
o tribalismo, a violência e os abusos perpetrados contra os direitos humanos, abusos
repetidamente denunciados, nestes anos, pela Igreja local.
Os bispos reivindicaram,
reiteradas vezes, o direito de a Igreja expressar-se, no respeito pela recíproca autonomia
em relação ao Estado.
A Igreja Católica em Camarões é constituída por 23 dioceses,
governadas por 24 bispos: 20 de nacionalidade camaronesa, dois de nacionalidade belga
e dois de nacionalidade polonesa.
João Paulo II visitou duas vezes a República
de Camarões: a primeira vez, em 1985; e a segunda, em 1995. A primeira evangelização
do país, como recordou o Papa Wojtyla na Catedral de Iaundê, foi dedicada pelos primeiros
missionários, a Maria, com o nome de Marienberg, ou seja, “Montanha de Maria”.
Ao
término de sua visita, em agosto de 1985, João Paulo II quis confiar a segunda evangelização
do país novamente à Virgem Maria. (RL)