2006-03-13 13:27:01

Igreja pede ajuda para os cristãos da Terra Santa


Como em todos os anos, a Congregação para as Igrejas Orientais, da Santa Sé, enviou uma carta aos Bispos de todo o mundo, convidando as dioceses a ajudar as comunidades cristãs da Terra Santa, que vivem num clima de conflito quase permanente.

Os cristãos são convidados a partilhar o fruto das suas renúncias quaresmais no tradicional peditório em favor dos Lugares Santos. A colecta de Sexta-feira Santa é, aliás, destinada a estas comunidades desde 1618 por explícita vontade dos Papas.

“A todos os católicos do mundo, portanto, apresenta-se o dever de acompanhar com a oração e a solidariedade concreta as comunidades cristãs daquela Terra abençoada”, escreve o prefeito da Sagrada congregação e patriarca emérito de Antioquia dos Sírios, Cardeal Ignace Moussa Daoud.

Na missiva é relembrada a preocupação que tanto o Papa João Paulo II como Bento XVI têm em relação à Terra Santa e às comunidades cristãs que lá vivem. “São inesquecíveis as numerosas intervenções do Servo de Deus João Paulo II, referentes à situação do Médio Oriente e, especialmente, à terra Santa, imersa numa crise que regista cada dia sofrimentos inauditos”, pode ler-se.

O conflito naquela zona preocupa a Santa Sé: “A Terra do Senhor, com efeito, continua a ser o cenário de um conflito que se prolonga há decénios e que priva as comunidades e as instituições católicas dos meios adequados para a manutenção e a promoção das actividades religiosas, humanitárias e culturais”.

A situação de pobreza e desemprego origina um “preocupante fenómeno do contínuo êxodo dos cristãos”, sobretudo dos casais jovens para os quais “não se entrevê um futuro seguro e digno”.

No meio deste conflito os cristãos têm uma missão “mais do que necessária para o futuro pacífico daquela área e para o bem de toda a Igreja Universal, que deve achar presentes naqueles Lugares Santos comunidades vivas que professem a fé evangélica”.

A Colecta da Sexta-Feira Santa visa promover, nos fiéis cristãos, “o amor pela Terra do Senhor, a fim de que a Igreja possa lá sobreviver, sentir-se amada e apoiada pela solidariedade de cada cristão, e continue a dar testemunho de fé n’Aquele que naquela Terra nasceu, pregou o Evangelho, morreu e ressuscitou”.







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