ATENTADOS NA ÍNDIA PROVOCAM A MORTE DE NUMEROSAS PESSOAS
Nova Délhi, 08 mar (RV) - Até vinte pessoas podem ter morrido ontem, dia 7,
após duas explosões simultâneas em Benares, centro da Índia, cidade sagrada do Hinduísmo.
Uma das explosões ocorreu dentro de um templo lotado.
A principal cidade de
peregrinação da religião hindu, às margens do rio Ganges, foi sacudida pela explosão
de duas bombas: uma no templo de Sankat Mochan e outra na estação de trem da cidade.
Os episódios deixaram quase sessenta feridos, alguns deles em estado grave,
informa a agência de notícias local "PTI".
Aparentemente não há estrangeiros
entre as vítimas, disseram à EFE, fontes da Embaixada da Espanha em Nova Délhi.
Diante
do temor de possíveis atos de violência religiosa, as autoridades indianas reforçaram
imediatamente a segurança em templos, sedes governamentais e instalações vitais do
país. Além disso, cidades como Nova Délhi e Mumbai estão em estado de máximo alerta.
O Primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, pediu "calma e paz" à população,
ao mesmo tempo em que condenou esses atentados, por causa dos quais convocou uma reunião
de urgência de seu governo.
A primeira explosão ocorreu no templo hindu de
Sankat Mochan, que estava cheio de pessoas que cultuavam Hanuman, o deus-macaco. A
explosão deixou todos em pânico e, durante a fuga, várias pessoas se feriram.
O
episódio deixou um saldo, até o momento, de pelo menos seis mortos e 25 feridos.
Segundo
uma testemunha, "havia uma grande multidão" no templo, quando ocorreu a explosão.
Após alguns minutos, ocorreu uma segunda explosão, de maior potência, na estação de
trem de Benares, em conseqüência do qual morreram 14 pessoas e outras 30 ficaram feridas.
Por enquanto, ninguém assumiu a responsabilidade pelos atentados. Existe,
todavia, a suspeita de que o ataque seja obra de algum grupo muçulmano radical, pois
o alvo foi a cidade mais sagrada do Hinduísmo, religião que tem mais de 800 milhões
de fiéis indianos.
O Ministro do Interior da Índia, Shivraj Patil, afirmou
que esses atos terroristas são uma tentativa de "impedir" a normal convivência entre
os vários grupos no país. Patil pediu que as autoridades ficassem atentas para evitar
incidentes provenientes da violência religiosa. (MZ)