"RELIGIÃO NÃO É MORALISMO" AFIRMA ARCEBISPO ARGENTINO DE MENDOZA
Buenos Aires, 06 mar (RV) - O Arcebispo de Mendoza, Argentina, Dom José María
Arancíbia, disse que uma das deformações mais perigosas da religião é o moralismo.
"O moralismo _ afirmou o Arcebispo em sua homilia pelo início da Quaresma _ reduz
a fé a um "bom comportamento" e ao "cumprimento" de determinadas normas. Assim, tudo
parece correto e formal" _ explicou.
"O moralismo costuma ter também um aliado
implacável: o sentimento de culpa. E existem moralismos com culpas de vários tipos:
de direita e de esquerda, horizontais e verticais" _ precisou.
O prelado argentino
insistiu que "o moralismo deforma a religião, porque seca sua verdadeira fonte": a
experiência de estar "face a face com Deus vivo". "Substitui o crer pelo fazer" _
como explicou Bento XVI.
"A Quaresma _ sublinhou o Arcebispo _ pode ser um
convite a ir além do mero cumprimento formal de normas e preceitos. Em outras palavras:
a possibilidade de retornar à própria fonte da fé. A conversão é justamente um dos
valores centrais do tempo quaresmal. Ela significa mudança de mentalidade d transformação
interior. Não se trata de uma mera mudança de conduta. É algo muito mais profundo
e decisivo" _ precisou. (CM)