2006-03-05 18:10:55

SOMENTE LIBERTADO DA ESCRAVIDÃO DA MENTIRA E DO PECADO, O HOMEM PODE ENCONTRAR SUA PLENA REALIZAÇÃO


Cidade do Vaticano, 05 mar (RV) - Neste primeiro domingo da Quaresma, Bento XVI pediu aos fiéis, recolhimento, oração e penitência.

Ao meio-dia, o Pontífice assomou à janela de seus aposentos, que se abre para a Praça São Pedro, para rezar, juntamente com os milhares de fiéis e peregrinos ali reunidos, a oração mariana do Angelus.

No final desta tarde, o Papa começará, junto com todos os membros da Cúria romana, uma semana de "exercícios espirituais" dirigidos pelo Cardeal Marco Ce, Patriarca emérito de Veneza.


"A Quaresma constitui um período favorável para uma reflexão atenta sobre a vida, graças ao recolhimento, à oração e à penitência" _ disse o Santo Padre, aos fiéis e peregrinos que o acompanharam na oração do Angelus.


"Os exercícios espirituais me ajudarão, assim como a meus colaboradores da Cúria, a entrar com maior consciência nesta atmosfera particular da Quaresma. Peço que nos acompanhem com suas orações" _ pediu disse Bento XVI.


Durante esta semana de exercícios espirituais, que se concluirão no sábado, dia 11 de março, o Papa suspenderá suas audiências.


Apesar de o período da Quaresma se caracterizar geralmente por uma diminuição das atividades públicas do Papa, Bento XVI convocou para 24 de março, o primeiro consistório de seu pontificado, durante o qual criará 15 novos cardeais, cujos nomes já foram anunciados no dia 22 de fevereiro passado.

Na catequese que precedeu a oração mariana do Angelus, referindo-se ao Livro do Êxodo, que narra a fuga do Povo Eleito, da escravidão no Egito, Bento XVI fez a seguinte reflexão...

"Durante aquela longa viagem _ disse o Papa _ os judeus experimentaram toda a força e a insistência do tentador, que os exortava a perder a confiança no Senhor e a voltar atrás; ao mesmo tempo, porém, graças à mediação de Moisés, aprenderam a escutar a voz de Deus, que os chamava a se tornar o Seu Povo santo. Meditando sobre essa página bíblica, compreendemos que, para realizar plenamente a vida na liberdade, é preciso superar a prova que a própria liberdade comporta, isto é, a tentação. Somente libertada da escravidão da mentira e do pecado, a pessoa humana, graças à obediência da fé que se abre à verdade, encontra o sentido pleno da sua existência e alcança a paz, o amor e a alegria."

Falando acerca dos 40 dias que Jesus transcorreu no deserto, Bento XVI disse que a imagem do deserto é uma metáfora muito eloqüente da condição humana.


O Santo Padre concluiu, fazendo votos de que a Quaresma seja, para todos os cristãos, uma ocasião de conversão e estímulo rumo à santidade. (AF)








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