A Santa Sé condenou “firmemente” o tráfico e exploração de mulheres, bem como a violência
sexual em todo o mundo, pedindo a “elaboração de leis que defendam as mulheres e as
meninas desta violência”.
A posição católica foi apresentada na ONU, durante
a 50ª sessão da Comissão sobre o estatuto das mulheres do Conselho Económico e Social
(Ecosoc) das Nações Unidas.
A delegação da Santa Sé denunciou que “em muitos
casos, as mulheres e as menores são exploradas quase como escravas, no seu trabalho,
e não raramente na indústria do sexo”. Para os representantes católicos, são precisas
mais do que “belas palavras” para fazer face a um problema que se agrava nos conflitos
militares e a que se devem somar as mulheres migrantes, cerca de 90 milhões, “que
na maior parte dos casos são a fonte de sustento das suas famílias”.
Nesse
sentido, a Santa Sé defende a necessidade de “um justo tratamento, no respeito pela
sua condição feminina e com o reconhecimento dos seus direitos iguais”.
Como
exemplos positivos, a delegação católico apresentou os casos de projectos financiados
através do recurso ao micro-crédito, na maior parte das vezes desenvolvidos por mulheres
de países pobres.
Para a Santa Sé é fundamental um maior compromisso internacional
na promoção dos direitos da mulher, em todos os campos, com políticas que procurem
restabelecer o equilíbrio e a justiça nas estruturas sociais e políticas.