Cardeal Renato Martino denuncia a situação "indigna" em Guantanamo
O Cardeal Renato Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz (CPJP),
denunciou as condições da prisão norte-americana de Guantanamo, na ilha de Cuba, afirmando
que ali “a dignidade do homem não é respeitada".
Este membro da Cúria Romana,
que se tem manifestado preocupado com os problemas do mundo prisional, falava à agência
italiana ANSA após ter regressado de uma visita a Cuba. “Quero lembrar que mesmo aqueles
que cometeram crimes continuam a ser pessoas humanas, que devem ver a sua dignidade
respeitada”, frisou.
Este responsável assegura que "em Guantanamo, é claro
que a dignidade do homem não é respeitada: a falta de direitos não é uma forma de
desprezar a dignidade do homem?”, interroga.
“Todos têm direito a um julgamento
justo. Se existem presos que se encontram privados da liberdade, sem ao menos conhecerem
os motivos para isso, em qualquer lugar do mundo, nós não hesitaremos em defendê-los",
adianta.
O presidente do CPJP precisa que o próprio Bento XVI também está interessado
no caso.
Sobre a Igreja que encontrou em Cuba, o Cardeal Martino manifestou
a sua felicidade por ter encontrado uma realidade eclesial “muito viva e activa”.