2006-03-04 15:09:34

Bento XVI convidou os empresários cristãos a assumirem as proprias responsabilidades, e a não explorarem, também em situações económicas dificeis. Numa audiencia neste sábado no Vaticano, um "código de ética" foi entregue ao Papa por empresários e gestores portugueses


Os empresários e o mundo da economia estejam longe de toda a forma de exploração e reconheçam importância á família e á responsabilidade pessoal. Este o pedido de Bento XVI na audiência a cerca de oito mil pessoas da União cristã de empresários dirigentes, fazendo votos que tais valores sejam actuados também na presença de dificuldades económicas.
Bento XVI recomendou aos empresários cristãos que tenham presente a doutrina social da Igreja e em particular que examinem com atenção o Compendio da doutrina social da Igreja.
O Papa fez referencia á segunda parte da sua encíclica Deus Caritas Est quando fala da necessidade de os cristãos trabalharem a favor de uma ordem social justa, participando pessoalmente na vida publica, cooperando com os outros cidadãos sob a sua responsabilidade pessoal.
Contudo Bento XVI recordou que as obras de caridade dos cristãos não se devem substituir ao empenho pela justiça social.
-O respeito e a promoção do projecto de vida dos trabalhadores é uma das obrigações dos gestores e empresários que subscreveram o Código de Ética, que foi entregue ao Papa durante esta audiência pelo presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores de Empresas (ACEGE), João Alberto Pinto Basto.Assinado por mais de 400 gestores e empresários portugueses, o Código de Ética recomenda a defesa da dignidade dos homens que colaboram nas empresas, o que passa pelo respeito do projecto de vida dos trabalhadores, dando especial atenção à sua felicidade familiar.

Evitar práticas discriminatórias e estabelecer uma remuneração justa, ponderada pela realidade do sector económico, são outras das obrigações dos gestores e empresários que subscreveram o documento. No que se refere à economia social de mercado, o Código de Ética defende o cumprimento das leis do país, a promoção de uma concorrência leal e honrada e a luta contra todas as formas de corrupção activa ou passiva, entre outras.

O Código de Ética, entregue ao Papa, define ainda que os colaboradores devem ser informados de forma adequada e honesta sobre a vida da empresa e que devem ter condições de trabalho que respeitem a dignidade e a saúde.








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