2006-03-03 12:48:25

A Rádio Vaticano ao serviço da verdade, da paz e da reconciliação, e instrumento de diálogo entre credos e culturas: Bento XVI na visita à sede da nossa emissora.


No mundo dos meios de comunicação existem “vozes contrastantes” no que diz respeito à Igreja .É importante por isso que exista uma voz como a Rádio Vaticano, que “deseja colocar-se ao serviço da verdade”: afirmou Bento XVI, na visita que realizou, nesta sexta-feira de manhã, à sede da nossa Emissora, na celebração dos 75 anos da sua fundação.
Em declarações improvisadas, no momento em que visitava um dos estúdios da Rádio, o Papa, dirigiu-se nestes termos a todos os nossos ouvintes:
“Queridos irmãos e irmãs, saúdo cordialmente todos os ouvintes da Rádio Vaticano e desejo-vos paz e alegria no Senhor. É para mim uma grande alegria estar hoje aqui. Sabemos que há 75 anos Pio XI inaugurou a Rádio Vaticano e deu uma nova voz à Santa Sé, melhor ainda, à Igreja e ao Senhor, uma voz com a qual se podia realmente dar cumprimento ao mandato do Senhor, ‘anunciai o Evangelho a todas as criaturas, até aos confins da terra.
Ao mesmo tempo, vejo que nestes 75 anos, muito se aperfeiçoou a técnica, de modo cada vez mais sofisticado, de tal modo que a voz da Rádio Vaticano pode hoje chegar a todas as partes do mundo e a tantas casas, e como foi sublinhado, sobretudo na reciprocidade, não só falando, mas aceitando as respostas do diálogo, para compreender e responder, e para construir assim a família de Deus. Parece-me que o sentido de um meio de comunicação como este é ajudar para que se construa esta grande família que não conhece fronteiras na multiplicidade das culturas e das línguas. Todos são irmãos e irmãs e são assim uma força de paz.
A quem me escuta neste momento, quereria fazer votos de que se possam sentir efectivamente envolvidos neste grande diálogo da verdade: no mundo dos meios da comunicação não faltam também, como sabemos, vozes contrastantes, de tal modo que é importante que exista esta voz que quer colocar-se ao serviço da verdade, da paz e da reconciliação do mundo.
Faço votos de que os colaboradores (da Rádio Vaticano) possam ser construtores de paz. Agradeço por tudo o que fazeis dia a dia (e mesmo noite após noite). E faço votos de que os ouvintes se tornem testemunhas da verdade, levando a paz ao mundo”.


O Papa percorreu depois as diversas secções da Rádio Vaticano, nos diferentes andares do edifício, para cumprimentar pessoalmente os jornalistas, técnicos e responsáveis das muitas redacções linguísticas.
Na capela, Bento XVI deteve-se num breve momento de oração…

Finalmente, numa breve sessão que teve lugar na Sala Marconi, o Papa, depois de duas saudações que lhe foram dirigidas uma por um leigo, em nome do pessoal, e outra pelo padre Frederico Lombardi, director da Emissora, pronunciou um discurso.
Começando por agradecer todos os presentes, que, de um ou de outro modo, colaboram na Rádio Vaticano, Bento XVI dirigiu uma especial saudação ao Padre Kolvenbach, Prepósito Geral da Companhia de Jesus, agradecendo “pelo serviço que desde as origens da Rádio Vaticano os Jesuítas prestam à Santa Sé, fiéis ao carisma inaciano de plena dedicação à Igreja e ao Romano Pontífice”.
Evocando a modéstia da primeira estação Rádio Vaticano, sugeridas pelas imagens de há 75 anos, o Papa observou que “Guilherme Marconi conhecia porém que a estrada aberta pela ciência e pela técnica haveria de influir profundamente na vida da humanidade”. Neste contexto, Bento XVI evocou a grandes traços a história da nossa emissora nestes 75 anos de existência, desde 1931, a partir de Pio XI:
“Também o meu venerando predecessor Pio XI estava bem consciente da importância que o novo instrumento de comunicação, de que a Igreja se estava a dotar, iria ter para a difusão do magistério pontifício no mundo. A sua primeira rádio-mensagem, que a 12 de Fevereiro de 1931 inaugurou a história da vossa emissora, dirigia-se com original solenidade “a todas as gentes e a cada criatura”.
Recordadas, no que diz respeito a Pio XII, as “palavras de conforto e as apaixonadas advertências à esperança e à paz” que através da Rádio Vaticano o Papa Pacelli “pôde fazer ouvir a todos os povos” com “as suas históricas rádio-mensagens”.
“E quando o comunismo estendeu o seu domínio a diversas nações da Europa central e oriental e a outras partes da Terra, a Rádio Vaticano multiplicou os programas e as línguas de transmissão, para fazer com que chegasse às comunidades cristãs oprimidas por regimes totalitários o testemunho da proximidade e da solidariedade do Papa e da Igreja universal”.
Com o Concílio Vaticano II, tomou-se ainda mais consciência da importância que os instrumentos da comunicação teriam na difusão da mensagem evangélica, incrementando a Rádio Vaticano, com modernos meios técnicos, uma programação… cada vez mais rica. E hoje em dia, graças às mais avançadas tecnologias (em particular satélites e Internet), esta emissora pode agora produzir programas… retransmitidos por numerosas emissoras de todos os continentes).
Quase a concluir o discurso pronunciado nesta sua visita à sede da Rádio Vaticano, Bento XVI convidou todos os que aqui trabalham a invocarem o Senhor com as palavras escritas na respectiva fachada principal: “Assiste-nos, ó Cristo, e inspira as fadigas daqueles que combatem pelo Teu nome”
“Sim! A vossa è a ‘boa batalha da fé’, segundo as palavras do apóstolo Paulo, para difundir o Evangelho de Cristo. Esta consiste, como se lê no vosso Estatuto, em ‘anunciar com liberdade, fidelidade e eficácia a mensagem cristã e ligar o centro da catolicidade com os diversos países do mundo. Difundindo a voz e os ensinamentos do Romano pontífice; informando sobre a actividade da Santa Sé; fazendo-se eco da vida católica no mundo; orientando na ponderação dos problemas do momento à luz do magistério da igreja e em permanente atenção aos sinais dos tempos”.










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