PAPA A CONGRESSISTAS: VIDA HUMANA É SAGRADA E INVIOLÁVEL DESDE A CONCEPÇÃO ATÉ SEU
FIM NATURAL
Cidade do Vaticano, 27 fev (RV) - Deus não faz diferença entre a vida vinda
à luz e a vida ainda não nascida, porque ambas trazem em si o sinal de sua paternidade,
desde sempre defendida pela Igreja. Foi a reflexão de Bento XVI, ao se encontrar,
esta manhã, com os cerca de 350 participantes do Congresso Internacional que está
se realizando, a partir de hoje, no Vaticano.
O Congresso _ que se prolongará
até a próxima quarta-feira _ é promovido pela Pontifícia Academia para a Vida e se
intitula "O embrião humano na fase da pré-implantação", e concentra sua atenção nos
primeiros estágios do desenvolvimento das células embrionárias.
A vida humana
e as leis que a governam são um mistério que a inteligência humana pode penetrar até
certo ponto. Além desse limite, tem início "a aventura da transcendência" que encontra
respostas na fé em Deus e na Sagrada Escritura, em cujas páginas se encontra inscrito
todo o amor de Deus "por cada ser humano, ainda antes de ele tomar forma no seio materno".
Um
amor que não faz distinção entre o nascituro, o recém-nascido, a criança, o jovem
ou o adulto, e o ancião, porque em cada um desses, vê o reflexo da própria imagem
e semelhança.
"Por isso _ ressaltou Bento XVI _ o magistério da Igreja proclama
constantemente, o caráter sagrado e inviolável de toda vida humana, desde a sua concepção
até seu fim natural. Esse juízo moral vale desde o início da vida de um embrião, antes
ainda de ser implantado no seio materno, que o protegerá e nutrirá por nove meses
até o momento do nascimento: A vida humana é sagrada e inviolável em todo momento
de sua existência, inclusive no momento inicial que precede o nascimento."
O
Papa manifestou seu apreço pelos "sentimentos de admiração e de profundo respeito
pelo homem" com que os estudiosos "levam avante seu árduo e frutuoso trabalho de pesquisa
sobre a própria origem da vida humana". (RL)