2006-02-27 17:34:40

PAPA CONVIDA A VIVER O TEMPO DA QUARESMA COM ESPÍRITO RENOVADO


Cidade do Vaticano, 26 fev (RV) - A Quaresma não deve ser vista com "espírito velho", como se fosse um dever, uma chatice, mas sim com "espírito renovado", de quem encontrou em Jesus e, no seu mistério pascal, o sentido da vida, e sabe que dali em diante, ele deve ser referência para tudo.

Foi o que disse o Papa esta manhã, na breve reflexão que precede a oração mariana do Angelus. Da janela de seus aposentos, que se abre para a Praça São Pedro, o Santo Padre falou aos milhares de fiéis e peregrinos ali reunidos, sobre a importância do tempo litúrgico que está para se iniciar.

A Quaresma _ disse o Pontífice _ é um grande memorial da Paixão do Senhor, em preparação à Páscoa da Ressurreição. Durante este período, nos abstemos de cantar o "aleluia", e todos somos convidados a praticar alguma forma de renúncia, de penitência.

O Papa relacionou seu pedido para que se viva a Quaresma com "espírito renovado" ao comportamento do apóstolo Paulo, que deixou tudo para conhecer Cristo e a força de sua ressurreição; para participar de seu sofrimento, e conformar-se a Ele na morte, com a esperança de alcançar a ressurreição dos mortos.

"Que no itinerário quaresmal _ concluiu Bento XVI _ nos seja guia e mestra, Maria Santíssima, que acompanhou seu filho, Jesus, com total fidelidade, quando Ele se dirigiu a Jerusalém para sua Paixão."

Antes de se despedir dos fiéis, após a oração mariana do Angelus e de sua bênção apostólica, o Papa fez um apelo para que cessem os ataques de matriz religiosa, como os que têm ocorrido nos últimos dias, em diversas partes do mundo.

"Deus, criador e Pai de todos, pedirá sérias explicações àqueles que derramarem o sangue de seus irmãos em Seu nome" _ disse o Papa. Os ataques a mesquitas no Iraque semeiam luto, alimentam o ódio e criam obstáculos sérios à já difícil obra de reconstrução do país. E na Nigéria, os confrontos entre cristãos e muçulmanos estão causando numerosas vítimas, além da violação de igrejas e mesquitas."

Bento XVI condenou com firmeza toda essa violência e, ao mesmo tempo, confiou ao Senhor, a alma de todas as vítimas, assim como aqueles que choram por elas. Por fim, exortou: "Convido todos a uma intensa oração, no sagrado tempo da Quaresma, a fim de que o Senhor afaste dessas nações, assim como de toda a terra, a ameaça de conflitos desse tipo! Esses antagonismos devastadores não são frutos da fé em Deus, como o espírito de fraternidade e colaboração para o bem comum. Que todos, por intercessão da Virgem Maria, se reencontrem n'Ele, que é a verdadeira paz!" (CM)








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