Solicitude do Papa e da Sé Apostólica para com a Igreja que está na Bósnia-Herzegovina
A certeza da solicitude do Papa perante as dificuldades com que se debate a Bósnia/Herzegovina
(em particular as comunidades católicas), juntamente com o convite a promover a unidade
e a paz no interior da própria Igreja, incrementando a esperança: estes os aspectos
sublinhados, nesta sexta-feira por Bento XVI aos Bispos deste país balcânico, vindos
a Roma para a quinquenal visita “ad limina Apostolorum”.
“Movidos pelo
amor de Cristo, estais decididos a não perder a confiança, não obstante os preocupantes
problemas que vos afectam”, observou o Papa, referindo expressamente “a situação dos
deslocados”, mas também “a necessária igualdade entre os cidadãos de diferentes religiões”
e “a urgência de medidas que tenham em conta a crescente falta de trabalho para os
jovens” e ainda “o atenuar das ameaçadoras tensões entre etnias, sequela das complexas
vicissitudes históricas” locais. “A Sé Apostólica está-vos próxima – assegurou
o Papa, evocando a “recente nomeação de um Núncio residente”, capaz de manter um contacto
permanente com as diferentes instâncias do país”.
Evocando a bem-aventurança
“Felizes os construtores da paz”, Bento XVI observou que “estas palavras bem se aplicam,
não só à missão da Igreja para com os que não pertencem à sua comunidade, mas também
às relações dos seus próprios membros”. “O Bispo – recordou o Papa – é pontífice,
isto é, construtor de pontes entre as diferentes exigências da comunidade eclesial”.
Um “aspecto do ministério episcopal particularmente importante no presente momento
histórico em que a Bósnia/Herzegovina retoma o caminho da colaboração para construir
o próprio futuro de desenvolvimento social e de paz”
Na sua saudação
ao Papa, o presidente da Conferência Episcopal da Bósnia/Herzegovina, o cardeal Vinko
Puljic, arcebispo de Sarajevo, recordou a difícil situação com que se confrontam a
população e a Igreja do país, e a urgência de lhes dar resposta. Dos 820 mil fiéis
que animavam as quatro dioceses locais antes do conflito balcânico, restam apenas
466 mil. Muitas igrejas paroquiais, residências, conventos e outros edifícios da igreja
foram destruídos ou gravemente danificados, O purpurado recordou, ainda assim, a solicitude
sempre revelada pela Santa Sé, nomeadamente pelo Papa João Paulo II.