2006-02-23 19:27:19

PEQUIM ACONSELHA NOVO CARDEAL A EVITAR ASSUNTOS POLÍTICOS


Pequim, 23 fev (RV) - O governo chinês aconselhou nesta quinta-feira, Dom Joseph Zen Ze-kiun, Bispo de Hong Kong, cujo nome foi indicado pelo Papa, na Audiência Geral de ontem, como um dos novos cardeais da Igreja, a serem criados no consistório de 24 de março próximo "a evitar discutir e levantar questões políticas".

"Registramos a nomeação de Zen e reiteramos que as figuras religiosas não devem interferir na política" _ disse, em Pequim, Liu Jianchao, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, da China, numa coletiva de imprensa.

Dom Zen Ze-kiun, considerado por seus seguidores como "o homem de Deus na China", visitou a China, pela última vez, em 2004 e, ao longo da sua vida como prelado, tem sido muito crítico no que concerne às políticas do de Pequim.

O Bispo foi nomeado como cardeal num momento em que Pequim e o Vaticano dão passos de reaproximação. Desde a proclamação da República Popular da China, em 1949, Pequim e a Santa Sé não mantêm relações diplomáticas.

As autoridades chinesas só permitem manifestações cristãs no âmbito das Igrejas "oficiais", isto é, aprovadas e controladas pelo Estado, mas milhões de fiéis são membros das Igrejas "clandestinas", que celebram missas em casas particulares, recusam-se a aceitar a liderança religiosa do Estado e, no caso da Igreja Católica, reconhecem unicamente a autoridade da Santa Sé e do Papa.

A Constituição chinesa permite a existência de cinco religiões oficiais: Budismo, Taoísmo, Islamismo, Catolicismo e Protestantismo. (MZ)







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