2006-02-20 14:26:02

A intolerância e a violência são incompatíveis com os sagrados princípios da religião e portanto não podem constituir uma resposta a eventuais ofensas: lembrou Bento XVI, recebendo o novo Embaixador de Marrocos.


É necessário e urgente que se respeitem as religiões e seus símbolos e que os crentes não sejam objecto de provocações que lesem os seus sentimentos religiosos”: palavras de Bento XVI, recebendo nesta segunda-feira, no Vaticano, o novo embaixador de Marrocos, Ali Achour, para a apresentação das Cartas Credenciais. O Papa referiu-se também ao direito à liberdade religiosa demasiadas vezes negado aos católicos nos países de maioria islâmica. Para Bento XVI, nunca se podem justificar como “resposta às ofensas” “a intolerância e a violência” porque “incompatíveis com os sagrados princípios da religião”.


Depois de sublinhar o contributo de Marrocos para a “consolidação do diálogo entre as civilizações, as culturas e as religiões”, o Pontífice, aludindo ao “contexto internacional que conhecemos actualmente”, afirmou que “a Igreja católica permanece convicta que, para favorecer a paz e a compreensão entre os povos e entre os homens, é necessário e urgente respeitar as religiões e os seus símbolos, e que os crentes não sejam objecto de provocações ofensivas dos seus sentimentos religiosos”
“Contudo (prosseguiu Bento XVI), nunca se poderá justificar a intolerância e a violência como respostas às ofensas, porque não se trata de respostas compatíveis com os sagrados princípios da religião; é por isso que não se pode deixar de deplorar as acções daqueles que aproveitam deliberadamente da ofensa causada aos sentimentos religiosos para fomentar actos violentos, tanto mais que isso tem lugar com fins alheios à religião.”
“Para os crentes, como para todos os homens de boa vontade (afirmou ainda o Papa a concluir o seu discurso ao novo embaixador de Marrocos), a única via que pode conduzir à paz e à fraternidade é a do respeito das convicções e das práticas religiosas dos outros, a fim de que – de um modo recíproco, em todas as sociedades – se assegure realmente a cada um o exercício da religião livremente escolhida”.









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