2006-02-19 15:33:44

Doutrina social da Igreja instrumento de abertura e diálogo com os crentes de outros credos religiosos e com todos os homens de boa vontade


A Doutrina Social da Igreja oferece chaves de abertura e de diálogo com crentes de outros credos e com todos os homens de boa vontade para a realização do bem comum.

Assim explicou o Presidente do Conselho Pontifício “Justiça e Paz”, cardeal Renato Martino, quinta-feira, durante a concelebração de abertura dos actos que Havana acolhe por ocasião do XX aniversário do Encontro Nacional Eclesial Cubano.

O cardeal Martino assinalou que o Compêndio é não só uma síntese completa e orgânica da Doutrina Social da Igreja para a formação, o discernimento e a acção dos católicos no seu compromisso de transformação do mundo segundo o Evangelho.

Trata-se também de um instrumento formidável de abertura e de diálogo com os crentes de outros credos religiosos e com todos os homens de boa vontade, para a realização do bem comum em terreno social e político --reconheceu o purpurado--, sobre a base dos valores fundamentais compartilhados de humanidade, de respeito da dignidade de cada pessoa e da aspiração ao desenvolvimento, à reconciliação e à paz.

Como salienta uma nota distribuída aos jornalistas aqui em Roma pelo Conselho Pontificio Justiça e paz, a Doutrina Social da Igreja toma em consideração o homem em todas as suas necessidades concretas, materiais e espirituais, e propõe-se indicar o sentido profundo da nossa vida comum, da nossa luta pela justiça.

Mas em muitos países --denunciou o purpurado italiano-- ainda não se chegaram a satisfazer as exigências de justiça relativas aos direitos mais elementares, como o acesso à água potável, uma casa digna e a assistência à saúde, enquanto que noutros se reivindica a satisfação de direitos sofisticados chamados de «nova geração».

Neste contexto, afirmou que a solidariedade precede os direitos individuais e os funda.

E sintetizou em quatro os desafios presentes --terreno comum de compromisso entre crentes e não crentes a favor do homem em todas as latitudes.

Em primeiro lugar, enunciou como um desafio crucial a vida, que há que defender desde a concepção até ao seu termo natural, com particular atenção à família, chave do futuro da humanidade.

O cardeal Martino abordou igualmente o desafio da alimentação aludindo à luta contra a desnutrição e a pobreza, que requer o esforço solidário de todos os países ricos, e o empenho inteligente e honesto daqueles em vias de desenvolvimento, eliminando corrupção e desgoverno.








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