A humanidade sem paz, paralizada pelos laços do pecado. O amor de Deus é a única força
que poderá renovar o mundo, salientou Bento XVI antes da recitação do Angelus.O Papa
recordou as vitimas do deslizamento de terras nas Filipinas que destruiu aldeias inteiras
Não obstante as solenes declarações a humanidade não consegue progredir rapidamente
para a paz, a justiça e a fraternidade, por causa dos sinais do pecado. Bento XVI
propôs neste domingo uma reflexão sobre o mal que escondendo-se no espírito do homem
o liga com os laços da mentira, da ira, da inveja e a pouco a pouco paralisa-o. E
é por isso – afirma – que se paralisa o desenvolvimento integral da humanidade e se
bloqueia o seu caminho . Sabemos bem que no plano histórico as causas são múltiplas
e o problema é complexo – acrescentou Bento XVI a propósito do caminho acidentado
do mundo na procura da paz e da justiça social para colmatar o fosso entre norte
e sul. Contudo – prosseguiu - a palavra de Deus convida-nos a manter um olhar de fé
e a confiar, como aquelas pessoas que levaram o paralítico que somente Jesus pode
curar verdadeiramente. O Papa recordou depois a pregação de João Paulo II que insistia
muito em levar os homens do nosso tempo a descobrir a fé para serem curados. Também
eu quis prosseguir neste caminho. De maneira particular com a primeira encíclica Deus
caritas est entendi indicar aos crentes e ao mundo inteiro Deus como fonte de autentico
amor, porque somente o amor de Deus é a verdadeira força que renova o mundo
Depois
da recitação do Angelus Bento XVI dirigiu o seu pensamento ás vitimas do enorme deslizamento
de terras que nas Filipinas destruiu aldeias inteiras. Depois invocou a consolação
de Deus sobre todos aqueles que foram atingidos e sobre aqueles que se encontram
empenhados nas operações de socorro. Há dois dias, num telegrama enviado ao bispo
local tinha exortado a comunidade internacional a não poupar esforços e ajudas para
socorrer os sem abrigo e para fornecer imediatamente géneros de primeira necessidade.
Presentes neste domingo na Praça de S. Pedro um grupo numeroso de portugueses de varias
paroquias do país, aos quais Bento XVI dirigiu uma saudação especial.
Saúdo os peregrinos
de língua portuguesa aqui presentes, nomeadamente os grupos paroquiais de São Vítor
(Braga), Santo António dos Olivais (Coimbra), Santiago de Marrazes (Leiria-Fátima)
e Nossa Senhora do Perpétuo Socorro da Firmeza (Porto), invocando copiosas graças
divinas para todos. Que Deus vos guarde e abençoe!