RÚSSIA: A FALTA DE VOCAÇÕES TEM SUA ORIGEM NA CRISE DA FAMÍLIA

Moscou, 16 fev (RV) - Não aos Seminários, mas aos conflitos familiares se deve atribuir a atual crise de vocações na Rússia. É a constatação de P. Andrzej Steckiewicz, Vigário-geral da Arquidiocese da "Mãe de Deus", de Moscou.

Em sua recente visita à obra "Ajuda à Igreja que Sofre", cuja sede central está na cidade alemã de Königstein, P. Steckiewicz reafirmou que a atual crise vocacional na Rússia "não tem sua origem nos Seminários, mas nas famílias", pois "onde não há família, não há vocações".

P. Steckiewicz confirmou que, atualmente, "há apenas 200 sacerdotes católicos na Rússia e um número igual de religiosas", segundo declarações feitas na segunda-feira, na sede da "Ajuda à Igreja que Sofre". "Cerca de 50 jovens de todo o país estão-se preparando para o sacerdócio, no Seminário de São Petersburgo" _ acrescentou o sacerdote.

P. Steckiewicz explicou ainda que, no momento, a preocupação prioritária da Igreja na Rússia é a literatura religiosa e a construção de igrejas.

"A Igreja Católica declarou 2006 como Ano da Bíblia. Nós estamos planejando a organização de exposições, conferências e seminários sobre a Bíblia em todas as dioceses. Além do mais, queremos distribuir exemplares das Sagradas Escrituras entre o maior número possível de lares católicos" _ anunciou.

"Outro problema _ advertiu o Vigário-geral da Arquidiocese moscovita da "Mãe de Deus" _ é que muitos de nossos fiéis não têm a possibilidade de rezar juntos, porque carecem de igrejas ou capelas."

Muitos católicos "continuam se reunindo nas casas particulares para rezar, e às vezes são identificados como seitas" _ disse P. Steckiewicz. (MZ)