2006-02-17 18:03:31

IGREJA CATÓLICA: ÁGUA É DIREITO DE TODOS


Brasília, 16 fev (RV) - A água não pode ser privatizada, deve ser um bem de acesso universal. É o que reafirmam a Igreja Católica e as Igrejas Evangélicas do Brasil e da Suíça, na "Declaração ecumênica sobre a água enquanto direito da pessoa e bem público".

O documento, assinado por representantes das Igrejas, em 22 de abril do ano passado, num evento ecumênico realizado na Suíça, foi tema da Conferência Ecumênica sobre a Água, realizada no último dia 11, em Porto Alegre (RS). O objetivo da declaração e da recente conferência é a mobilização da sociedade pelo direito à água.

O evento foi promovido pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Conselho Nacional de Igrejas Cristãs no Brasil (CONIC), Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Confederação Suíça de Igrejas Evangélicas (SEK) e da Conferência dos Bispos da Suíça (SBK).

Também na IX Assembléia do Conselho Mundial de Igrejas, que está em curso em Porto Alegre, até o dia 23 de fevereiro, está-se discutindo sobre o direito à água. A partir desses dois eventos, um documento brasileiro será enviado ao Fórum Mundial da Água, previsto para realizar-se de 16 a 22 de março, no México.

Um africano a cada três não tem acesso à água potável, e quase a metade dos habitantes do continente negro sofre problemas de saúde por causa da carência de poços de água potável. É o que emerge de um relatório apresentado no 13° Congresso da Associação Africana para a Água (AFWA), que acaba de se encerrar em Argel, e que contou com a presença de 400 delegados de 30 nações do continente.

Se a situação não mudar até 2010, pelo menos 17 países africanos podem vir a sofrer graves carências de água, com o risco de conflitos internos ou regionais pelo controle dos poços e do abastecimento hídrico.

Parece um paradoxo, mas não falta água na África: os recursos hídricos existem, mas somente 4% deles é utilizado, por causa da falta de estruturas. Segundo os Objetivos do Milênio, para reduzir à metade a pobreza até 2015, são necessários 12 bilhões de dólares para duplicar o acesso dos africanos às fontes de água. (CM)







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