CARMELO DE COIMBRA JÁ CHORA PELA PARTIDA DA IRMÃ LÚCIA

Coimbra, 16 fev (RV) - A Comunidade do Carmelo de Santa Teresa, em Coimbra, foi a casa da Ir. Lúcia desde 1948, onde as Irmãs Carmelitas partilharam intimamente os vários momentos da vida e da morte da vidente de Fátima. Após mais de quatro décadas de presença, o Carmelo se prepara, agora, para a partida de sua "menina" (como as irmãs a chamavam carinhosamente), num ambiente que já é marcado pela saudade.

A Prioresa do Carmelo de Coimbra, Ir. Maria Celina de Jesus, revela, em entrevista exclusiva ao programa ECCLESIA que, por causa da fé, viu nesta presença da Ir. Lúcia "um relicário" que não desaparecerá com a trasladação de seu corpo para o Santuário de Fátima.

Após sua morte, em 13 de fevereiro de 2005, foi cumprido o desejo de Ir. Lúcia que, em comunicação entregue pessoalmente ao Bispo de Coimbra, dissera: "Sem contradizer o que já havia escrito, para dar este gosto às Irmãs, já que manifestaram este desejo, gostava que após a minha morte, meu corpo ficasse sepultado no claustro deste Mosteiro (de Santa Teresa – Coimbra), pelo menos um ano, antes de ser levado para a Basílica de Fátima."

Para Ir. Maria Celina, "a forma de comunicar com ela vai ser diferente, mas sua presença vai ser contínua". "Este ano que passou tão rápido, deixou a impressão que ela não desapareceu, que continua conosco" _ acrescentou.

A cela de Ir. Lúcia continuará a ser um local de visita obrigatória. Ali, foi colocada uma imagem do Imaculado Coração de Maria, num espaço que "será sempre a cela da Ir. Lúcia, que a ocupou depois de sair do noviciado. (MZ)