2006-02-17 13:02:50

Bento XVI aos jesuitas da revista Civiltà Cattolica: dialogar com a cultura de hoje sem cedências ao relativismo


Os católicos não devem fechar-se numa torre de marfim mas abrir-se ao diálogo com todos, embora mantendo a sua identidade. O pedido foi feito por Bento XVI aos jesuítas da Revista Civiltà Cattolica recebidos em audiência com o Preposito Geral da Companhia de Jesus, Padre Peter Hans Kolvenbach. Enquanto se vai afirmando cada vez mais uma cultura caracterizada pelo relativismo individualista e pelo cientismo positivista, portanto uma cultura tendencialmente fechada a Deus e á sua lei moral, embora nem sempre previamente contra o cristianismo, é grande – explicou o Papa - o esforço que os católicos são chamados a fazer para desenvolver o dialogo com a cultura de hoje e abri-la aos valores perenes da Transcendência.
Segundo Bento XVI é neste âmbito que se coloca a missão de uma revista de cultura como a “Civiltà Cattolica” que deve participar no debate cultural contemporâneo, para propor de maneira seria e ao mesmo tempo divulgativa, as verdade da fé cristã de uma maneira clara e ao mesmo tempo fiel ao Magistério da Igreja, e para defender sem espírito polémico a verdade, ás vezes deformada também através de acusações sem fundamento, á comunidade eclesial”.
Como farol no caminho que a Civiltà Cattolica é chamada a percorrer - prosseguiu o Papa dirigindo-se aos jesuítas da revista - indico o Concilio Vaticano II. As riquezas doutrinais e pastorais que ele contêm – e sobretudo a inspiração de fundo – ainda não foram assimiladas plenamente pela comunidade cristã embora tenham passado 40 anos após a sua conclusão.
Na análise de Bento XVI o Vaticano II deu á Igreja um impulso capaz de a renovar e colocar na disposição de responder de maneira adequada aos problemas novos que a cultura contemporânea coloca aos homens e mulheres do nosso tempo.
Portanto o Concilio, juntamente com os numerosos documentos doutrinais e pastorais que a Santa Sé e as Conferências Episcopais de muitas nações publicaram sobre problemas que surgiram recentemente, representa uma fonte sempre viva da qual a Civiltà Cattolica se pode servir no seu trabalho.
Trata-se de divulgar e apoiar a acção da Igreja em todos os campos da sua missão - concluiu o Papa – sublinhando em particular o empenho que a redacção deve assumir na difusão da Doutrina Social da Igreja, um dos temas que durante os seus 155 anos de vida ela tratou mais amplamente.








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