Crucifixos podem permanecer nas salas de aula das escolas italianas. A decisão é do Conselho de Estado

O Conselho de Estado italiano estabeleceu que os crucifixos podem permanecer nas salas de aula das escolas do país, não porque sejam um “objecto de culto”, mas porque são “um símbolo idóneo para expressar o elevado fundamento dos valores civis”. Esta decisão é uma resposta às propostas de retirada dos crucifixos, baseadas na laicidade do Estado.

No veredicto do Conselho de Estado, pode ler-se que no crucifixo se podem ver valores como “a tolerância, o respeito recíproco, a valorização das pessoas e a afirmação dos seus direitos”, valores que têm uma origem religiosa mas que “desenham a laicidade do Estado”.

“O crucifixo terá uma função simbólica educativa, à margem da religião professada pelos alunos”, refere o documento, o qual recorda “as tradições, o modo de vida e a cultura do povo italiano, que se encontram na Constituição”.

Em Agosto do ano passado, Bento XVI pedira que os crucifixos não fossem retirados dos lugares públicos, explicando que “é importante Deus estar presente na vida pública, com o sinal da cruz, nas casas e nos edifícios públicos”.