BENTO XVI REPETE AS PALAVRAS DE JPII: "QUE CUBA SE ABRA AO MUNDO E O MUNDO SE ABRA
A CUBA"
Cidade do Vaticano, 15 fev (RV) - Bento XVI enviou uma carta ao Cardeal Jaime
Lucas Ortega y Alamino, Arcebispo de Havana e Presidente da Conferência Episcopal
de Cuba, por ocasião do 20º Encontro Nacional Eclesial Cubano (ENEC).
Na missiva,
o Papa afirma que a realidade humana é repleta de acontecimentos que somos convidados
a viver como salvíficos, pois o tempo e a história são permeados pela presença divina,
que impulsiona e fortalece. Deus caminha com todos os que vivem em Cuba, fiéis ou
não, próximos ou distantes, pois todos estão convidados para a festa da vida que o
Pai nos presenteia.
Neste encontro eclesial cubano, afirma o Papa, seria bom
recordar, de modo especial, as palavras que João Paulo II proferiu em sua visita à
ilha: "Que Cuba se abra ao mundo e o mundo se abra a Cuba."
Uma abertura _
escreve Bento XVI _ que exige primeiramente examinar como abrir o coração e o entendimento
às coisas de Deus; como abrir-se aos outros mesmo que haja diferenças nos modos de
pensar ou de crer e, por fim, como abrir-se ao âmbito mundial.
Somente abrindo-se
a partir do olhar de Deus _ um olhar de amor _ se poderá chegar à verdade de cada
pessoa, de cada grupo e daqueles que vivem numa mesma terra.
Neste caminho
_ conclui o Papa _ poderá ser de ajuda a experiência de oração de cada cristão, no
silêncio e na humildade do trabalho cotidiano, na fidelidade à fé professada, e no
anúncio implícito ou explícito do Evangelho.
Também poderá ser de ajuda o
amor que a maioria dos cubanos nutre por Nossa Senhora do Cobre, Padroeira de Cuba,
que há tempos acompanha seus moradores com ternura de mãe. (BF)