OPUS DEI TENTA REFAZER IMAGEM DEPOIS DO ATAQUE DO ROMANCE "O CÓDIGO DA VINCI"
Roma, 13 fev (RV) - Mencionada no romance "O Código Da Vinci" como uma "seita
secreta, disposta a matar para defender uma mentira de dois mil anos", o Opus Dei
(literalmente, "Obra de Deus") está promovendo uma imagem que é a antítese da mostrada
no best-seller, antes do lançamento do filme baseado no livro, em maio próximo.
Publicado
em março de 2003, o livro de Dan Brown é um dos mais populares na história, e vendeu
mais de 40 milhões de cópias, tendo sido publicado em 44 idiomas.
O livro também
é polêmico porque o complô surge da idéia de que Jesus se casou com Maria Madalena,
da qual teve filhos. Por isso, a obra foi desaconselhada pela Igreja Católica. "É
muito triste que o Opus Dei e a Igreja Católica tenham sido mostrados de maneira injusta"
_ disse Brian Finnerty, porta-voz do Opus Dei. "O que estamos tentando fazer é tirar
vantagem do interesse suscitado pelo romance, para explicar o que é, de fato, o Opus
Dei."
A Opus Dei é uma organização católica, de perfil conservador, abençoada
por João Paulo II, em 1982. Fundada em 1928, na Espanha, por José María Escrivã de
Balaguer, com a missão de ensinar os católicos a lutar pela santidade através do trabalho,
o Opus Dei tem 85 mil membros no mundo, e entre eles, cerca de dois mil sacerdotes.
Escrivá de Balaguer foi canonizado em 2002.
Nos últimos meses, ex-membros têm
contado histórias sobre táticas coercivas de recrutamento e mortificação corporal,
levantando uma polêmica em torno do Opus Dei.
O trabalho de Finnerty agora,
é promover a organização e levar os repórteres a conhecer o prédio de cinco andares,
no valor de 69 milhões de dólares, situado numa esquina de Manhattan, que possui um
luxuoso centro de convenções, e acomodações e escritórios para cerca de 65 membros.
(MZ)