O Presidente do Conselho Pontificio para o diálogo interreligioso apela a iniciativas
de apaziguamento após a polémica em volta das caricaturas de Maomé.
O Arcebispo Michael Fitzgerald presidente do Conselho Pontifício para o diálogo inter-religioso,
convidou cristãos e muçulmanos a “apaziguar” os espíritos inflamados por causa da
publicação de uma série de caricaturas do profeta Maomé.
Os soldados noruegueses
da força de manutenção de paz no Afeganistão foram o mais recente alvo da fúria provocada.
Entre 200 a 300 pessoas voltaram aos protestos esta terça feira naquele país e atiraram
pedras contra a base da NATO, havendo registo de, pelo menos, um ferido ligeiro.
A
polémica está a causar divisões entre o que pode ser feito ao abrigo da liberdade
de expressão e a necessidade de respeitar os símbolos e as crenças religiosas.
O
presidente do Conselho Pontifício para o diálogo inter-religioso referiu à agência
italiana I.Media esperar que estas reacções “sejam ocasião para uma reflexão séria
sobre o respeito pelos valores religiosos em todas as sociedades”.
“Todos temos
a responsabilidade de não aumentar a tensão e acalmar os espíritos, dos dois lados”,
disse o prelado, falando para líderes cristãos e muçulmanos.
Este membro da
Cúria Romana não exclui a possibilidade de promover um gesto comum com os muçulmanos,
“porque é preciso agir em conjunto”.
Apesar de assumir que a liberdade de imprensa
deve ser utilizada “com responsabilidade”, D. Michael Fitzgerald considera que a reacção
do mundo muçulmano foi desproporcionada “porque se o próprio profeta do Islão tivesse
sido insultado, não reagiria desta maneira”.