2006-02-06 17:43:10

PAPA BENTO XVI REITERA: VIDA DEVE SER DEFENDIDA E PROMOVIDA


Cidade do Vaticano, 05 fev (RV) - Bento XVI reafirmou hoje, que "toda vida humana, enquanto tal, merece e exige ser sempre defendida e promovida". Uma advertência contra o "difuso hedonismo das chamadas sociedades do bem-estar" que, segundo o Santo Padre, ameaça a "cultura da vida".


O Pontífice fez tal reflexão aos fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano, para a tradicional oração mariana do Angelus, neste domingo em que a Itália celebra uma Jornada em favor da Vida.

"Hoje, na Itália, celebra-se a Jornada em favor da Vida, que constitui uma preciosa ocasião de oração e de reflexão sobre os temas da defesa e promoção da vida humana, especialmente quando se encontra em condições de dificuldade" _ disse o Papa.


Presentes na Praça São Pedro numerosos leigos que fazem parte do movimento em favor da vida, acompanhados pelo Cardeal Camillo Ruini.

O Pontífice convidou todos a "meditar sobre a mensagem dos bispos italianos, que tem como tema "Respeitar a vida"" e lembrou que João Paulo II preocupou-se constantemente com essa questão.

"Em particular _ disse Bento XVI _ gostaria de recordar a encíclica "Evangelium Vitae", que ele publicou em 1995, e que representa uma autêntica pedra angular da Igreja sobre uma questão tão atual e decisiva. Inserindo os aspectos morais num amplo quadro espiritual e cultural, meu venerado predecessor afirmou, reiteradas vezes, que a vida humana é um valor primário a ser reconhecido, e o Evangelho convida a respeitá-la sempre."


Bento XVI explicou que "a cultura da vida se baseia na atenção aos outros, sem exclusão ou discriminação". "Cada vida humana, enquanto tal, merece e exige ser sempre defendida e promovida" _ advertiu.

"Sabemos que esta verdade corre o risco freqüente de ser contradita pelo difuso hedonismo das chamadas sociedades do bem-estar: a vida é exaltada enquanto é agradável, mas se tende a não mais respeitá-la, quando surge a doença ou quando ela é deficiente" _ refletiu o Papa.


Antes de concluir sua reflexão, o Papa confiou a Nossa Senhora as mulheres grávidas, as famílias, os agentes de saúde e os voluntários que atuam no serviço à vida, rezando em particular, pelas pessoas que se encontram em situações de maior dificuldade.

Pouco antes da oração do Angelus, Bento XVI celebrou a santa missa na paróquia de Santa Ana, no Vaticano. Em sua homilia o Papa comentou o profundo significado do episódio evangélico da cura da sogra de São Pedro: "Nesse episódio _ disse _ mostra-se, simbolicamente, toda a missão de Jesus, que veio do Pai à casa da humanidade, à nossa terra, e aqui encontrou uma humanidade doente, doente de febre, daquela febre das ideologias, das idolatrias e do esquecimento de Deus."

"Podemos ver _ prosseguiu o Pontífice _ na história do século passado, que nos Estados onde Deus foi abolido, não apenas a economia se viu destruída, mas, sobretudo, as almas. A destruição moral e a destruição da dignidade do homem são as destruições fundamentais..."

"Se é tirada das criaturas, a sua referência a Deus como fundamento transcendente, elas correm o risco de restar a mercê do arbítrio do homem que, como vemos, pode fazer delas um uso insensato." (SP/AF)







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