Trilhar novos caminhos na pastoral militar: em Portugal o Bispo das Forças Armadas
e de Segurança deseja actualização do estatuto que regula a vida dos capelães militares
“Devemos estar atentos à vivência da Quaresma e aprofundar o sentido da Pastoral Juvenil
e da Pastoral Familiar” – apelou D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
e de Segurança, aos capelães militares chefes dos vários Ramos e Forças, no passado
dia 1 de Fevereiro, na Capelania Mor. Em declarações à Agência ECCLESIA o prelado
sublinhou que haverá uma Via-Sacra numa Unidade Militar (Estação Naval de Monsanto
- Lisboa) e a Missa Crismal (na Igreja da Memória - Lisboa), dia 12 de Abril. Na semana
pós Páscoa haverá uma peregrinação a pé ao Santuário de Fátima.
Ao nível de
preocupações, D. Januário Torgal Ferreira gostava que o “estatuto que regula a vida
dos capelães militares fosse actualizado”. Negociações que implicam um diálogo com
o Ministério da Defesa – “tem estado sempre aberto” – e o Ordinariato Castrense. Este
instrumento fundamental poderá “ter mudanças de pormenor” e estabelecer o “protocolo
que a Concordata apela” – disse o bispo das Forças Armadas.
A inexistência
de conflitos e “que a paz seja uma realidade” é a grande esperança desta diocese.
Actualmente, o Ordinariato Castrense tem três capelães “em três frentes: Kosovo, Afeganistão
e Bósnia”. O Afeganistão é “um teatro de grande risco” – lamentou. A trabalhar nas
Forças Armadas há 16 anos, D. Januário Torgal Ferreira refere que esta instituição
“têm tido muitas mutações e saltos substanciais”.
A falta de capelães é um
realidade. “Não me preocupo porque tenho de ser solidário com o que se passa nas dioceses”.
Nomeado a 3 de Maio de 2001 como bispo das Forças Armadas e de Segurança, o nosso
interlocutor realça que “este trabalho é muito específico”. E adianta: “tenho motivado
os capelães a estabelecer um serviço pastoral dentro de uma vida profissional”. De
forma “serena”, D. Januário Torgal Ferreira realça que tem de fazer uma “análise crítica,
romper caminhos e demover hábitos criados”.