"LA CIVILTÀ CATTOLICA": MUITAS PALAVRAS E POUCO DE CONCRETO EM FAVOR CRIANÇAS POBRES
Roma, 03 fev (RV) - Muitos documentos, mas poucas ações concretas em favor
das crianças: é o que denuncia a publicação dos jesuítas italianos "La Civiltà Cattolica",
segundo a qual, os países ricos não são apenas "profundamente egoístas" por não fazerem
algum sacrifício pelas crianças pobres, mas, sobretudo, "não querem sequer tomar conhecimento
da trágica situação em que vivem bilhões de seres humanos".
A publicação dos
jesuítas vai além, e aponta o dedo também contra a mídia, acusando-a de ser "co-responsável
por essa omissão".
Enquanto os ricos do mundo são surdos e a media é cega
e muda, os únicos que fazem alguma coisa pelas crianças e os mais pobres _ segundo
"La Civiltà Cattolica" _ são os missionários, tantos leigos quanto religiosos, e ONGs
como a "Médicos sem Fronteiras".
O autor do artigo, P. Giuseppe De Rosa, observa
que há uma quantidade de documentos em favor da infância, assinados por governos de
todo o mundo, mas que, na realidade, pouco se faz. De fato, os objetivos propostos
nos ditos documentos quase nunca são alcançados no prazo estabelecido.
P.
De Rosa ressalta o trabalho das congregações _ masculinas e femininas _ de algumas
organizações leigas, e de cristãos e não-cristãos que fazem um trabalho incomparável,
por vezes com o sacrifício da própria vida, para ajudar os povos do terceiro mundo.
"Enquanto
isso _ conclui _ os governos ricos não conseguem destinar nem 0,7% de seu PIB (Produto
Interno Bruto), como prometido em acordos internacionais, para ajudar os povos mais
pobres. O que falta é, infelizmente, boa vontade e esforço para passar das palavras
bonitas das declarações aos fatos concretos em favor da infância ignorada e abandonada."
(CM)