2006-01-30 16:16:07

D. Jorge Ortiga traça o perfil do educador na catequese


Para a renovação da catequese é imprescindível a renovação dos catequistas, dominados pela vivência do Evangelho, e verdadeiramente comprometidos em Igreja, afirmou no passado fim de semana em Braga, D. Jorge Ortiga, na Jornada Arquidiocesana da Catequese perante uma plateia de 540 catequistas.

Reconhecendo a dedicação e empenho dos muitos catequistas da Arquidiocese, D. Jorge Ortiga traçou um perfil do catequista em “tempo diferente de desafios novos”, como “geradores de comunidade” em que este, afirmou, “nunca pode resignar-se à tarefa, talvez bem preparada e em termos modernos, de proferir uma lição ou de fazer uma sessão de catequese. Ele ou ela necessita do conhecer o «dom de Deus» e ter sede deste Deus que se senta na borda do «poço» da sua vida e pede a «água» do testemunho da verdade”, disse. “Faltando a «água» do testemunho dos catequistas que expressam na vida a alegria de ser cristão e se disponibilizam para criar comunidade, - continuou o prelado - a catequese nunca atingirá o que lhe é próprio: gerar a fé em Jesus Cristo que, posteriormente, se vê nas opções de vida. O catequista é sempre um ponto de referência e um sinal vivo, nas limitações humanas, do discípulo e apóstolo de Cristo”, salientou.

Nesta mensagem dirigida aos catequistas, D. Jorge Ortiga recorre ao documento da Conferência Episcopal Portuguesa «Para que acreditem e tenham vida» - orientações para a catequese actual – e lembra o papel que as famílias antes tinham ao assegurar a transmissão da fé aos filhos e na formação cristã das crianças recordando que, “actualmente, torna-se necessário sensibilizar e formar os pais para que retomem a sua responsabilidade de primeiros e principais educadores”.

O Arcebispo de Braga acentuou, ainda que “se a Arquidiocese se concentra na Família, também a catequese terá de chegar à família”, e por isso “o catequista terá de ir ao encontro dos pais e estabelecer um diálogo de corresponsabilidade para uma compreensão da catequese”, sublinhou. “Eles nunca deveriam delegar ou entregar a formação cristã. Se o fazem, teremos de os questionar e interpelar”, concluiu.








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